Dia do Nordestino - 08 de Novembro

sábado, 15 de agosto de 2015

Açude de Coremas - Félix Rodrigues Neto Coremas-PB

Sou o verde do sertão 
na época da invernada 
um retirante sonhador 
na capital desvairada 
viajo no pensamento 
escrevendo meus lamentos 
nas pedras da minha estrada 
Sou filho da mata virgem 
sou o canto do tetéu 
sou pau de bater em doido 
sou linha de carretel 
não temo a noite escura 
adoço a minha amargura 
com a doçura do mel 
Sou o ramo da gitirana 
os espinhos das juremas 
não sou poeta, faço versos
 e transformo em poemas 
quando me afogo em mágoas 
levo pra lavar nas águas 
do açude de Coremas 
Félix Rodrigues Neto Coremas-PB 

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