Dia do Nordestino - 08 de Novembro

sábado, 26 de setembro de 2009

Diferença entre poema e poesia: pesquisa

Sitedeliteratura
www.sitedeliteratura.cjb.net
POEMA x POESIA

É bom ressaltar a diferença entre poema e poesia. Apesar de serem tratadas por muitos como sinônimos, o uso dos dois termos entre os estudiosos apresenta diferenças:
Poesia: Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.1

Poema: obra em verso em que há poesia

"Se o poema é um objeto empírico e se a poesia é uma substância imaterial, é que o primeiro tem uma existência concreta e a segunda não. Ou seja: o poema, depois de criado, existe per si, em si mesmo, ao alcance de qualquer leitor, mas a poesia só existe em outro ser: primariamente, naqueles onde ela se encrava e se manifesta de modo originário, oferecendo-se à percepção objetiva de qualquer indivíduo; secundariamente, no espírito do indivíduo que a capta desses seres e tenta (ou não) objetivá-la num poema; terciariamente, no próprio poema resultante desse trabalho objetivador do indivíduo-poeta." 2

O poema destaca-se imediatamente pelo modo como se dispõe na página. Cada verso tem um ritmo específico e ocupa uma linha. O conjunto de versos forma uma estrofe e a rima pode surgir no interior dessa estrofe. A organização do poema em versos pode ser considerada o traço distintivo mais claro entre o poema e a prosa (que é escrita em linhas contínuas, ininterruptas).


1 - Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa. RJ: Nova Fronteira, 1993.
2 - LYRA, Pedro. Conceito de Poesia. São Paulo: Ática, 1986.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

cheiro de sertão - fotos

montagem de fotos

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Maria Sylvia de Souza Vitalle
Doutora em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM); médica do Laboratório de Pesquisa da Disciplina de Gastroenterologia do Depto de Pediatria da UNIFESP/EPM.
Olga Maria Silverio Amancio
Profa. Adjunto Doutora do Depto de Pediatria da UNIFESP/EPM

Endereço para correspondência:
Rua Bagé 230, apto 201-B
04012-140 São Paulo - SP
e-mail: vitalle.dped@epm.br

RESUMO
Revisão da literatura sobre gravidez na adolescência contendo dados referentes às suas causas, repercussões e epidemiologia.

Introdução

A gravidez na adolescência tem sérias implicações biológicas, familiares, emocionais e econômicas, além das jurídico-sociais, que atingem o indivíduo isoladamente e a sociedade como um todo, limitando ou mesmo adiando as possibilidades de desenvolvimento e engajamento dessas jovens na sociedade. Devido às repercussões sobre a mãe e sobre o concepto é considerada gestação de alto risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS 1977, 1978), porém, atualmente postula-se que o risco seja mais social do que biológico.

A atividade sexual na adolescência vem se iniciando cada vez mais precocemente, com conseqüências indesejáveis imediatas como o aumento da freqüência de doenças sexualmente transmissíveis (DST) nessa faixa etária; e gravidez, muitas vezes também indesejável e que por isso, pode terminar em aborto (Basso et al, 1991; Mimica & Piato, 1991; Taquete, 1992; Oh et al, 1993; Crespin, 1998; Chabon et al., 2000). Quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera consequências tardias e a longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido. A adolescente poderá apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de aprendizado, além de complicações da gravidez e problemas de parto. Há inclusive quem considere a gravidez na adolescência como complicação da atividade sexual (Creatsas et al., 1991; Piyasil, 1998; Wilcox & Field, 1998).

Causas
A gravidez na adolescência é multicausal e sua etiologia está relacionada a uma série de aspectos que podem ser agrupados em:

Fatores Biológicos
Que envolvem desde a idade do advento da menarca até o aumento do número de adolescentes na população geral. Sabe-se que as adolescentes engravidam mais e mais a cada dia e em idades cada vez mais precoces. Observa-se que a idade em que ocorre a menarca tem se adiantado em torno de quatro meses por década no nosso século. De modo geral se admite que a idade de ocorrência da menarca tenha uma distribuição gaussiana e o desvio-padrão é aproximadamente 1 ano na maioria das populações, conseqüentemente, 95% da sua ocorrência se encontra nos limites de 11,0 a 15,0 anos de idade (Marshal & Tanner, 1969; Bezerra et al, 1973; Sedenho & Souza Freitas, 1984; Colli, 1988; Chompootaweep et al., 1997).
Sendo a menarca, em última análise, a resposta orgânica que reflete a interação dos vários segmentos do eixo neuroendócrino feminino, quanto mais precocemente ocorrer, mais exposta estará a adolescente à gestação. E nas classes econômicas mais desfavorecidas onde há maior abandono e promiscüidade, maior desinformação, menor acesso à contracepção, está a grande incidência da gestação na adolescência (Behle, 1991).

Fatores de Ordem Familiar
O contexto familiar tem relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual. Assim sendo, adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães também iniciaram vida sexual precocemente ou engravidaram durante a adolescência (Newcomer et al, 1983; Davis, 1989). De qualquer modo, quanto mais jovens e imaturos os pais, maiores as possibilidades de desajustes e desagregação familiar (Baldwin & Cain, 1980; Young et al, 1991; Dadoorian, 1996). O relacionamento entre irmãos também está associado com a atividade sexual: experiências sexuais mais cedo são observadas naqueles adolescentes em cuja família os irmãos mais velhos têm vida sexual ativa.

Fatores Sociais
As atitudes individuais são condicionadas tanto pela família quanto pela sociedade. A sociedade tem passado por profundas mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando melhor a sexualidade na adolescência, sexo antes do casamento e também a gravidez na adolescência. Portanto tabus, inibições e estigmas estão diminuindo e a atividade sexual e gravidez aumentando (Hechtman, 1989, Block et al., 1981; Lima et al, 1985; Almeida & Fernandes, 1998; McCabe & Cummins, 1998; Medrado & Lyra, 1999 ).
Por outro lado, dependendo do contexto social em que está inserida a adolescente, a gravidez pode ser encarada como evento normal, não problemático, aceito dentro de suas normas e costumes (Necchi, 1998).
A identificação com a postura da religião adotada se relaciona com o comportamento sexual. Alguns trabalhos mostram que a religião tem participação importante como preditora de atitudes sexuais. Adolescentes que têm atividade religiosa apresentam um sistema de valores que os encoraja a desenvolverem comportamento sexual responsável (Glass, 1972; Werner-Wilson, 1998). No nosso meio, nos últimos anos as novas religiões evangélicas têm florescido, e são , de modo geral, bastante rígidas no que diz respeito à prática sexual pré-marital. Alguns profissionais de saúde que trabalham com adolescentes têm a impressão de que as adolescentes que freqüentam essas igrejas iniciam a prática sexual mais tardiamente, porém, não há pesquisas comprovando essas impressões (Guimarães, 2001).

Fatores psicológicos e contracepção
A utilização de métodos contraceptivos não ocorre de modo eficaz na adolescência, e isso está vinculado inclusive aos fatores psicológicos inerentes ao período pois a adolescente nega a possibilidade de engravidar e essa negação é tanto maior quanto menor a faixa etária; o encontro sexual é mantido de forma eventual, não justificando, conforme acreditam, o uso rotineiro da contracepção; não assumem perante a família a sua sexualidade e a posse do contraceptivo seria a prova formal de vida sexual ativa (American Academy of Pediatrics, 1979; Zelnick & Kartner, 1979; McAnarney & Hendee, 1989; Stevens-Simon et al., 1996). A gravidez e o risco de engravidar podem estar associados a uma menor auto-estima, ao funcionamento intrafamiliar inadequado ou à menor qualidade de atividades do seu tempo livre. A falta de apoio e afeto da família, em uma adolescente cuja auto-estima é baixa, com mau rendimento escolar, grande permissividade familiar e disponibilidade inadequada do seu tempo livre, poderiam induzi-la a buscar na maternidade precoce o meio para conseguir um afeto incondicional, talvez uma família própria, reafirmando assim o seu papel de mulher, ou sentir-se ainda indispensável a alguém. A facilidade de acesso à inforrmação sexual não garante maior proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e gravidez não desejada (Sumano, 1998; Campos, 2000).

Estudo realizado na emergência obstétrica de hospital em Porto Alegre revelou que das adolescentes com vida sexual ativa que usavam algum método contraceptivo, 41% o faziam de forma incorreta ou realizavam trocas indadequadas. Apenas 18% relataram o uso de condom. Entre aquelas que não utilizavam nenhum método anticoncepcional, como justificativa argumentavam: o desconhecimento dos métodos; não quere usar e desejar engravidar; não acreditavam que pudessem engravidar; não ter condições para comprar; ser alérgica; ter medo que os pais decubram; o parceiro não querer usar (Gobbatto et al., 1999).

Repercussões da Gravidez na Adolescência
Sobre a mãe adolescente
Existem relatos de que complicações obstétricas ocorrem em maior proporção nas adolescentes, principalmente nas de faixa etária mais baixa. Há constatações que vão desde anemia, ganho de peso insuficiente, hipertensão, infecção urinária, DST, desproporção céfalo-pélvica, até complicações puerperais (Rubio et al, 1981; Sismondi, et al, 1984; Black & Deblassie, 1985; Stevens-Simon & White, 1991; Zhang & Chan, 1991). Porém, devemos ter o cuidado de nos lembrar que esses achados se relacionam também com os cuidados pré-natais e desde que haja adequado acompanhamento pré-natal, não há maior risco de complicações obstétricas quando se comparam mulheres adultas e adolescentes de mesmo nível socioeconômico (Felice et al, 1981; McAnarney & Thiede, 1981; Madi et al, 1986).

Outro ponto doloroso dessa questão é a morte da mãe decorrente de complicações da gravidez, parto e puerpério; sendo que na adolescência, em estudo realizado no nosso meio, verificou-se ser esta a sexta causa de morte (Siqueira & Tanaka, 1986).

No tocante à educação, a interrupção, temporária ou definitiva, no processo de educação formal, acarretará prejuízo na qualidade de vida e nas oportunidades futuras. E não raro com a conivência do grupamento familiar e social a adolescente se afasta da escola, frente a gravidez indesejada, quer por vergonha, quer por medo da reação de seus pares (McGoldrich, 1985; Aliaga et al, 1985; Fernadéz et al., 1998; Souza, 1999).

As repercussões nutricionais serão tanto maiores quanto mais próxima da menarca acontecer a gestação, já que nesse período o processo de crescimento ainda está ocorrendo. O crescimento materno pode sofrer interferências por que há uma demanda extra requisitada para o crescimento fetal (American Dietetic Association, 1989). A inundação hormonal da gestação promoverá soldadura precoce das epifíses naquelas adolescentes que engravidaram antes de ter completado seu crescimento biológico, podendo ter portanto, prejuízo na estatura final. Lembramos ainda que na adolescência há necessidades maiores de calorias, vitaminas e minerais e estas necessidades somam-se àquelas exigidas para o crescimento do feto e para a lactação.

Dada sua imaturidade e labilidade emocional podem ocorrer importantes alterações psicológicas, gerando extrema dificuldade em adaptar-se à sua nova condição, exarcebando sentimentos que já estavam presentes antes da gravidez, como ansiedade, depressão e hostilidade (Friedman & Phillips, 1981). As taxas de suicídio nas adolescentes grávidas são mais elevadas em relação às não grávidas (Foster & Miller, 1980; Hechtman, 1989), principalmente nas jovens grávidas solteiras (Cabrera, 1995).

Sobre o pai adolescente
De modo geral, o pai costuma ser dois a três anos mais velho que a mãe adolescente. A paternidade precoce se associa com maior freqüência ao abandono dos estudos, à sujeição a trabalhos aquém da sua qualificação, a prole mais numerosa e a maior incidência de divórcios (OPAS, 1995).

Sobre o Concepto
Existem riscos, tanto fisícos, imediatos, quanto psicossociais, que se manifestam a longo prazo, nos filhos de adolescentes. Devido a dificuldade em adaptar-se à sua nova condição a mãe adolescente pode vir a abandonar o filho, dando-o à adoção, e quando o recém-nascido não é abandonado, está mais sujeito, em relação à população geral, a maus tratos.

A literatura mostra que há maior freqüência de prematuridade, de baixo peso ao nascer, Apgar mais baixo, doenças respiratórias, trauma obstétrico, além de maior freqüência de doenças perinatais e mortalidade infantil. Deve-se considerar que estes riscos se associam não só a idade materna, mas principalmente a outros fatores, como a baixa escolaridade, pré-natal inadequado ou não realizado, baixa condição socioeconômica, intervalos interpartais curtos (< de 2 anos) e estado nutricional materno comprometido. Estas complicações biológicas tendem a ser tanto mais freqüentes quanto mais jovem a mãe (< 15 anos) ou quando a idade ginecológica for menor de 2 anos (Correa & Coates, 1993).

Epidemiologia da Gravidez na Adolescência
O aumento das taxas de gravidez na adolescência se deve, principalmente, às custas das faixas etárias mais jovens, em todo mundo.

Em 1980 o Brasil possuía 27.8 milhões de adolescentes entre 10 e 19 anos de idade, o que representava 23% da população geral. A taxa de fecundidade entre os 15 e 19 anos era de 11% . Nessa época, dos partos realizados pela rede do INAMPS, 13% eram de menores de 19 anos (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1980).

Conforme dados da Organização Panamericada da Saúde -OPS (1992), no começo da década de 80, 12,5 % dos nascimentos da América Latina eram de mães menores de 20 anos. A população de 15 a 24 anos (de alto risco para engravidar) chegou a 71 milhões em 1980. Estima-se que chegou a 86 milhões em 1990 e que no ano 2000 estaria em torno de 100 milhões de adolescentes. Isso indica que durante o período 1980 - 2000 a população de adolescentes na América Latina aumentaria aproximadamente 41,6%. A adolescente representaria, no ano 2000, 19% da população latino-americana. Na América Latina nascem 3.312.000 filhos de mães adolescentes por ano. A nível mundial, de cada 100 adolescentes entre 15 e 19 anos, 5 se tornam mães anualmente, o que eleva a 22.473.600 nascidos de mães adolescentes.

No Brasil, é no estrato social mais pobre que se encontram os maiores índices de fecundidade na população adolescente. Assim, no estrato de renda familiar menor de um salário mínimo, cerca de 26% das adolescente entre 15 e 19 anos tiveram filhos, e no estrato de renda mais elevado, somente 2,3% eram mães (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1988). Nas regiões faveladas do Recife, de cada dez mulheres que são mães uma é menor de 15 anos, sendo que 60% das mulheres têm menos de 20 anos de idade (Lima et al., 1990).

Em nosso meio, as taxas de gravidez na adolescência variam de serviço para serviço, mas estima-se que de 20% a 25% do total de mulheres gestantes sejam adolescentes, apontando que há uma gestante adolescente em cada cinco mulheres (Santos Júnior, 1999).

Estudo realizado em 1985, por Nóbrega et al. em nosso meio, mostrava que a distribuição de partos entre adolescentes de baixo nível socioeconômico-BNSE se dava da seguinte forma: 1,4% nas < 15 anos; 18,5% entre 15 e 19 anos, sendo que a população adolescente representava 14,4% do total e as menores de 15 anos 0,2% do total. Em trabalho retrospectivo realizado no ano de 1991 no Amparo Maternal (SP), entidade filantrópica que assiste basicamente a população de BNSE encontrou-se: 6.316 partos com recém-nascidos vivos no período, sendo que a população adolescente representava 24,4% do total e as menores de 15 anos 2,6% do total (Vitalle, 1993; Vitalle et al., 1997). Há, portanto, aumento da freqüência de gravidez na adolescência quando comparamos os dois trabalhos.

Rocha (1991), no Recife, encontrou 24,5% de partos na adolescência, em amostra de 5940 recém-nascidos vivos de BNSE, sendo que as menores de 15 anos representavam 0,5% do total e as de 15 a 19 anos 23,9% do total, dados muito semelhantes aos do Amparo Maternal (Vitalle, 1993), exceto pelas mães menores de 15 anos onde se observam percentuais maiores na população estudada em São Paulo, confirmando assim que a gravidez na adolescência está aumentando às custas, inclusive, das gestantes mais jovens.

Estudo de fatores de risco para verificar o surgimento de prematuridade e baixo peso, realizado no Município de São Paulo, mostrou que a adolescência não influencia a ocorrência de baixo peso, porém aumenta em 1,3 vezes o risco de ocorrência de prematuridade. Pode-se responsabilizar a inadequada condição econômica como o fator de risco mais importante na determinação de prematuridade e baixo peso, pois, controladas as demais variáveis (idade materna, tabagismo, cuidado pré-natal) encontrou-se o risco aumentado de 1,8 vezes de prematuridade e 2,1 vezes de baixo peso ao nascimento quando a parturiente provinha do baixo nível econômico (Vitalle, 2001).

A Gravidez na Adolescência - Brasil Escola

A Gravidez na Adolescência - Brasil Escola:
"Os desafios de uma gravidez precoce"

A gravidez precoce está se tornando cada vez mais comum na sociedade contemporânea, pois os adolescentes estão iniciando a vida sexual mais cedo.

A gravidez na adolescência envolve muito mais do que problemas físicos, pois há também problemas emocionais, sociais, entre outros. Uma jovem de 14 anos, por exemplo, não está preparada para cuidar de um bebê, muito menos de uma família. Com isso, entramos em outra polêmica, o de mães solteiras, por serem muito jovens os rapazes e as moças não assumem um compromisso sério e na maioria dos casos quando surge a gravidez um dos dois abandona a relação sem se importar com as conseqüências. Por isso o número de mães jovens e solteiras vem crescendo consideravelmente.

É muito importante que haja diálogo entre os pais, os professores e os próprios adolescentes, como forma de esclarecimento e informação.

Mas o que acontece é que muitos pais acham constrangedor ter um diálogo aberto com seus filhos, essa falta de diálogo gera jovens mal instruídos que iniciam a vida sexual sem o mínimo de conhecimento. Alguns especialistas afirmam que quando o jovem tem um bom diálogo com os pais, quando a escola promove explicações sobre como se prevenir, o tempo certo em que o corpo está pronto para ter relações e gerar um filho, há uma baixa probabilidade de gravidez precoce e um pequeno índice de doenças sexualmente transmissíveis.

O prazer momentâneo que os jovens sentem durante a relação sexual transforma-se em uma situação desconfortável quando descobrem a gravidez.

É importante que quando diagnosticada a gravidez a adolescente comece o pré-natal, receba o apoio da família, em especial dos pais, tenha auxílio de um profissional da área de psicologia para trabalhar o emocional dessa adolescente. Dessa forma, ela terá uma gravidez tranqüila, terá perspectivas mais positivas em relação a ser mãe, pois muitas entram em depressão por achar que a gravidez significa o fim de sua vida e de sua liberdade.
Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola"
Natal, 23 de Setembro de 2009 | Atualizado às 13:36
Partos em adolescentes caem 29,4% no RN
Publicação: 23 de Setembro de 2009 às 08:55

Foram 9,9 mil partos em 2008 contra 14 mil, em 1998. Queda deve-se ao acesso a políticas de saúde. MS realiza ações de incentivo para jovens procurarem os serviços.

O número de partos realizados na rede pública do Rio Grande do Norte em meninas entre 10 e 19 anos caiu 29,44% nos últimos dez anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2008, foram feitos 9,9 mil partos no estado contra 14,1 mil, em 1998 (veja tabela abaixo). No Brasil, a quantidade de partos em adolescentes caiu 30,6% no mesmo período. O total de nascimentos com mães nessa faixa etária registrado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no ano passado, em todo o território nacional, foi 485,64 mil.

A queda na quantidade de adolescentes grávidas no Brasil deve-se, principalmente, ao acesso às políticas de prevenção e orientação sobre saúde sexual. Os postos de saúde no país disponibilizam, gratuitamente, métodos contraceptivos. A compra pelo Ministério da Saúde de preservativos masculinos, por exemplo, chegou a um bilhão em 2008, a maior feita por um governo no mundo. Grande parte dessa leva é distribuída em campanhas como as do carnaval, cujo foco é a população de adolescentes e jovem. Antes do carnaval de 2009, foram entregues aos estados 19,5 milhões de preservativos.

O aumento no número de equipes de Saúde da Família também reflete no acesso a informações sobre planejamento familiar nas comunidades da capital e cidades do interior. Atualmente, esses profissionais atendem 49% da população, levando informações sobre prevenção de gravidez, saúde sexual e reprodutiva aos adolescentes e jovens das cidades atendidas. Em 2000, o índice de cobertura era 15,7%. O total de equipes trabalhando em todo o país saltou de 7,6 mil para 29,7 mil nos últimos nove anos.

Resultados

“Por causa dessas iniciativas, meninas e meninos estão mais informados sobre saúde sexual e reprodutiva e têm mais acesso a preservativos e métodos contraceptivos”, afirma a coordenadora da área de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare. Ela destaca ainda como fundamental na redução do número de partos entre adolescentes os programas que unem saúde e educação, como Saúde nas Escolas e Prevenção e Saúde nas Escolas.

Essas duas iniciativas levam aos alunos da rede pública informações sobre puberdade, saúde reprodutiva, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e sobre o sexo seguro. “Um dos grandes desafios nessa área é educar e orientar o jovem”, destaca Thereza de Lamare. Com o intuito de melhorar o acesso dessa parcela a informações sobre saúde, o Ministério da Saúde realiza, a partir do dia 22 de setembro – Dia Nacional da Juventude, uma série de ações para incentivar o adolescente a procurar os serviços de saúde.

Seminário sobre juventude

A data será comemorada com o seminário Mais Saúde na Juventude: Vamos Falar Disso?, que reúne, em Brasília, jovens, especialistas e gestores para discutir políticas de saúde para a juventude. O encontro, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República, estará focado em quatro temas – saúde sexual e reprodutiva, violência e acidentes, álcool e outras drogas, meio ambiente, esporte e lazer. As discussões ocorrem hoje, dia 22, às 9h30, no Hotel Carlton, Setor Hoteleiro Sul.

De acordo com a coordenadora da área de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare, a proposta é dar maior visibilidade ao atendimento dessa parcela, que requer cuidados especiais por estarem em fase de crescimento e desenvolvimento. “Iniciativas em educação em saúde, alimentação saudável, informações sobre sexualidade, violência e drogas são fundamentais para prevenir situações que podem colocar em risco a saúde de adolescentes e jovens”, afirma. “Eles estão no auge das transformações e necessitam de orientação e informação”, reitera.

Caderneta da saúde jovem

É exatamente a partir da difusão de informações sobre saúde que o Ministério quer incentivar o jovem a buscar os serviços nas unidades com mais freqüência. Até outubro deste ano, quatro milhões de Cadernetas de Saúde do Adolescente serão distribuídas a 433 municípios brasileiros. Impressa em duas versões – para homens e para mulheres, elas serão utilizadas no acompanhamento da saúde de jovens entre 10 e 16 anos. São 50 páginas com informações sobre saúde sexual e reprodutiva, sobre alimentação, puberdade, drogas e os cuidados necessários nessa faixa etária.

Embora a caderneta fique com o adolescente, existem páginas específicas para o profissional de saúde. Ele deverá preencher e acompanhar o cartão de vacinação e a tabela do Índice de Massa Corporal (IMC) com a estatura para avaliar o desenvolvimento do paciente. O investimento na impressão e distribuição das cadernetas foi de R$ 940 mil. No próximo ano, outras 4 milhões deverão ser produzidas e enviadas aos estados.

Os 433 municípios que participarão da primeira distribuição das cadernetas foram escolhidos por apresentarem projetos voltados a essa parcela, além de integrarem programas do Ministério da Saúde que vão facilitar o uso do material, como o Saúde nas Escolas e o Saúde e Prevenção nas Escolas. Os profissionais de saúde dessas cidades participarão de oficinas realizadas com os técnicos do Ministério nos estados sobre o funcionamento do projeto.

A proposta das oficinas é capacitar os profissionais de saúde quanto ao atendimento de adolescentes, em especial no seu crescimento e desenvolvimento como também as questões éticas e legais conversarem e orientarem o adolescente. “Existem muitas dúvidas, por exemplo, se eles podem ser atendidos sem os pais ou receberem prescrição de anticoncepcionais sem autorização da família. O profissional também deve aproveitar o atendimento para orientar o adolescente. É preciso esclarecer que o direito deles à saúde esta em primeiro lugar”, esclarece Thereza de Lamare.

sábado, 19 de setembro de 2009

Cartilha de Prevenção as Drogas

Drogas ilícitas:
As drogas ilícitas (as proibidas por lei), assim como as lícitas, podem ter efeitos estimulantes, depressivos ou perturbadores no sistema nervoso central.
Exemplos:
- Cocaína, de efeito estimulante, extraída da coca, vegetal das regiões andinas da América do Sul, pode ser inalada na forma de pó refinado ou injetada na veia, misturada com água;
- Crack, uma variação da cocaína cujo resíduo é misturado com bicarbonato de sódio e fumado;
- Maconha, de efeito perturbador, extraída da folha da planta Cannabis Sativa. O pó da folha ressecada é fumado;
- “Ecstasy”, a chamada “pílula do amor”, por ser adquirida em forma de comprimido, é um composto de substâncias estimulantes e perturbadoras (muitas vezes utilizada em casas noturnas).

Classificação das drogas Psicotrópicas:
Existe uma classificação das substâncias psicotrópicas, de acordo com o seu efeito no sistema nervoso central.
Exemplos:
- Estimulantes, que aceleram a transmissão nervosa. Fazem o cérebro trabalhar mais depressa, deixando as pessoas com menos sono e mais elétricas. São as anfetaminas, também conhecidas como “bolinha” ou “rebite” (presentes em remédios para emagrecer), cafeína, cocaína, crack, nicotina, entre outras.
- Depressoras, que diminuem o ritmo da transmissão nervosa. São os opiáceos-xaropes, álcool, morfina, heroína, ansiolíticos e barbitúricos (calmantes), ervas calmantes (chás), entre outras.
- Perturbadoras, que potencializam sensações e podem alterar o funcionamento do sistema nervoso central. O melhor exemplo é a maconha.
- Alucinógenas, únicas substâncias que alteram o sistema nervoso central a ponto de causar alucinações, como, por exemplo, algumas ervas/flores, ácido lisérgico (LSD), alguns cipós e cogumelos encontrados em esterco.

Lembre-se que cada indivíduo tem uma prédisposição diferente e age de forma peculiar à sua personalidade, momento atual e história de vida.

A droga, o sentimento e o comportamento:
Por sermos parte da natureza, também em nosso corpo são produzidas drogas que nos estimulam, relaxam, trazem prazer, conforme nosso estado de espírito e as condições em que vivemos, principalmente as que queremos.
Nenhuma droga determina o comportamento e o sentimento, mas pode facilitar o acontecimento de atitudes.
O que sentimos e como agimos depende, em boa parte, de nós mesmos.
O consumo de drogas faz com que o corpo fique cada vez mais preguiçoso, pois por que produzir substâncias que nos fazem relaxar, sentir prazer, ou dar mais energia, se outras substâncias que estão fora de nós são ingeridas, fumadas ou injetadas e podem ter efeito mais rápido e até mais intenso?

A definição de DROGA abrange, além de substâncias produzidas artificialmente, também as da natureza – proibidas ou não por lei.


A finalidade deste estudo é conscientizar as pessoas na prevenção do abuso e dependência das drogas psicotrópicas.

Quando criamos necessidades que não são verdadeiras e usamos drogas de forma inadequada, o bem-estar que procuramos é artificial e ilusório.

CUIDADO: Muitas vezes nos deparamos com cenas de programas de televisão em que o whisky é visto como uma forma para “relaxar”, assim como o cigarro conforta quem está tenso.
O grande problema é que a bebida alcoólica é sempre motivo para “afogar as tristezas” como também para comemorar as vitórias.
Fique atento!
Pesquisa do NEVICI sobre o uso de drogas
O NEVICI (Núcleo de Estudos sobre a Violência e a Conquista da Cidadania) realizou uma pesquisa sobre o uso de drogas durante o primeiro semestre de 2005 e contou com a participação de 1.575 alunos, sendo 1.017 do sexo feminino e 558 do sexo masculino. O questionário utilizado foi desenvolvido pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo).
Os resultados apontam como maior incidência de consumo:
O álcool em primeiro lugar, seguido pelo cigarro (nicotina), que, juntamente com os medicamentos, alcançou o segundo lugar.
- 11% afirmam nunca beber;
- 80% afirmam ter o hábito de ingerir bebidas alcoólicas.
É aí que "mora o perigo"!
O hábito de beber cria rituais em que a bebida é muitas vezes o motivo principal da reunião dos amigos.
- Muita gente já tomou um “porre” – 50% das mulheres e 65% dos homens que responderam a pesquisa afirmam ter passado por essa experiência.
- A pesquisa aponta que a bebida mais consumida é a cerveja. A maioria das pessoas consultadas, 39%, costuma beber com os amigos em bares e casas noturnas; 24% costumam
beber em casa.

CUIDADO COM O ABUSO!
Quando a bebida toma uma proporção de
importância acima do normal a situação
pode ficar complicada!
O abuso é um passo para a dependência! O que é pior: a pessoa não tem consciência do agravamento da dependência.
O que é dependência?
A sociedade em geral muito facilmente não percebe o tamanho do problema que o álcool pode trazer: a momentânea sensação de prazer pode dar lugar ao desconforto e conseqüências que atrapalham a vida pessoal e profissional.
Quanto ao uso do cigarro, a pesquisa aponta a incidência de:
- 20% entre as mulheres e 21% entre os homens.
Ao lado do cigarro estão os medicamentos como as drogas mais usadas entre as pessoas pesquisadas. Neste item, a população feminina vence:
- Tranqüilizantes sem receita já foram consumidos por 27% das mulheres e 17% dos homens;
- Medicamentos estimulantes para emagrecer ou ficar acordado já foram consumidos por 20% da população feminina e 8% da população masculina.
- Da população feminina, 23% já experimentaram maconha; da população masculina temos o índice de 34%.
- A maioria da população pesquisada nunca experimentou cocaína ou crack: apenas 11% afirmam ter tido essa experiência.
- Quanto aos anabolizantes, 94% dos pesquisados afirmam nunca ter consumido.
A questão da prevenção do uso de drogas pode ser conscientizada por meio da nossa educação, relações afetivas, mídia, esportes, entre outros.
As drogas ilícitas são as menos
significativas nos resultados da pesquisa.
Podemos crescer com autonomia, tendo sempre em mente que a liberdade implica em assumirmos um projeto de vida!

Dicas de sites que podem ajudar em suas pesquisas
http://www.antidrogas.com.br/ (Anti Drogas)
http://www.alcoolismo.com.br/ (Alcoolismo)
http://www.alcoolicosanonimos.org.br (Alcoólicos Anônimos)
http://www.contradrogas.org.br (Associação Parceria contra Drogas)
http://obid.senad.gov.br (Secretaria Nacional Contra as Drogas – Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

I Seminário de Prevenção ao Uso Indevido e Abuso de Drogas

I Seminário de Prevenção ao Uso Indevido e Abuso de Drogas:
Uma abordagem interdisciplinar
14 a 16 de Setembro de 2009
Promoção:Prefeitura Municipal de Macaíba
Execução: Secretaria de Educação e Cultura
Público alvo: Professores da Rede Municipal de Ensino,
ONGs e Instituições ligadas a Proteção da Criança e Adolescentes


Se o seu amigo usa drogas e você não faz nada, que droga de amigo você é?




















sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Fábula de Higino/Mito do cuidado



Fábula de Higino
Mito do Cuidado

'Certo dia, ao atravessar um rio, Cuidado viu um pedaço de barro. Logo teve uma idéia inspirada. Tomou um pouco de barro e começou a dar-lhe forma. Enquanto contemplava o que havia feito, apareceu Júpiter.
Cuidado pediu-lhe que soprasse espírito nele. O que Júpiter fez de bom grado.
Quando, porém Cuidado quis dar um nome à criatura que havia moldado, Júpiter o proibiu. Exigiu que fosse imposto o seu nome.
Enquanto Júpiter e o Cuidado discutiam, surgiu, de repente, a Terra. Quis também ela conferir o seu nome à criatura, pois fora feita de barro, material do corpo da terra. Originou-se então uma discussão generalizada.
De comum acordo pediram a Saturno que funcionasse como árbitro. Este tomou a seguinte decisão que pareceu justa:
'Você, Júpiter, deu-lhe o espírito; receberá, pois, de volta este espírito por ocasião da morte dessa criatura.
Você, Terra, deu-lhe o corpo; receberá, portanto, também de volta o seu corpo quando essa criatura morrer.
Mas como você, Cuidado, foi quem, por primeiro, moldou a criatura, ficará sob seus cuidados enquanto ela viver.
E uma vez que entre vocês há acalorada discussão acerca do nome, decido eu: esta criatura será chamada Homem, isto é, feita de húmus,
que significa terra fértil'."

Letra Caboclo Sonhador de Maciel Melo


Caboclo Sonhador
Maciel Melo


Sou um caboclo sonhador
Meu senhor, viu?
Não queira mudar meu verso
Se é assim não tem conversa
E meu regresso para o brejo
Diminui a minha reza.
Um coração tão sertanejo
Vejam como anda plangente o meu olhar
Mergulhado nos becos do meu passado
Perdido na imensidão desse lugar
Ao lembrar-me das bravuras de Nenem
Perguntar-me a todo instante por Baía
Mega e Quinha como vão? tá tudo bem?
Meu canto é tanto quanto canta o sabiá
Sou devoto de Padim Ciço Romão
Sou tiete do nosso Rei do Cangaço
E em meu regaço fulminado em pensamentos
Em meu rebento sedento eu quero chegar
Deixem que eu cante cantigas de ninar
Abram alas para um novo cantador
Deixem meu verso passar na avenida
Num forrofiádo tão da bexiga de bom."

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Os dez últimos papas - pesquisa






Leão XIII - Vincenzo Gioacchino Pecc
Pio X - Giuseppe Melchiorre Sarto
Benedito XV - Giacomo Della Chiesa
Pio XI - Achille Ratti 06-FEV-1922..10-FEV-1939 17a 4d
Pio XII - Eugenio Pacelli 2-MAR-1939..09-OUT-1958 19a 7m 7d
João XXIII - Angelo Giuseppe Roncalli 28-OUT-1958..03-JUN-1963 04a 7m 6d
Paulo VI - Giovanni Battista Montin
João Paulo I - Albino Luciani 26-AGO-1978..28-SET-1978 00a 1m 2d
João Paulo II - Karol Wojtyla 6-OUT-1978..02-ABR-2005 26 anos, 5 meses e 18 dias
Bento XVI - Joseph Ratzinger - atual

domingo, 6 de setembro de 2009

DN -Cemitério pode estar poluindo rio

Diário de Natal
Na íntegra
Cemitério pode estar poluindo rio



Ciências
Edição de domingo, 6 de setembro de 2009
Cemitério pode estar poluindo rio
Águas do Pitimbu, que abastecem 30% de Natal, estão com substância liberada por cadáveres decompostos
Adriana Amorim // adrianaamorim.rn@diariosassociados.com.br

Pesquisas desenvolvidas pela organização não-governamental Navima (Nature Viva Mangue) detectaram alta incidência de poluição em quase todo o prolongamento do Rio Pitimbu, um dos mananciais mais importantes do estado e responsável por abastecer 30% de Natal e área metropolitana. Dentre os trechos mais preocupantes, está a região do cemitério Morada da Paz, no município de Parnamirim. Foi detectada a presença de metais, possivelmente provenientes das alças dos caixões, e de necrochorume, líquido proveniente da decomposição dos corpos.


Rio é um dos mananciais mais importantes do RN, responsável por abastecer Natal e sua área metropolitana Foto: Frankie Marcone/DN/D.A Press
A constatação partiu de análise de plantas aningas ao longo do rio. A planta aquática retém substâncias das mais diversas e é considerada um indicador de poluição. Segundo a bióloga Rosimeire Dantas, presidente da ONG, o necrochorume, apesar de rico em sais minerais e substâncias orgânicas degradáveis, também libera toxinas. Ela explica que podem estar presentes no necrochorume patogênicos como bactérias e vírus de pessoasque morrem com doenças infectocontagiosas. 'Aquelas que fizeram tratamento quimioterápico em virtude de câncer liberam fármacos, que também vão parar no lençol freático e, consequentemente, no rio', alertou a pesquisadora.

Rosimeire reforça que a região é considerada Área de Preservação Permanente (APP), amparada pelo Artigo 225 da Constituição Federal e diz que o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) estabelece, em sua resolução 335, de 3 de abril de 2003, condições mínimas necessárias para o licenciamento ambiental dos cemitérios no Brasil. Contudo, explicou, não há precisamente uma definição concreta acerca da aplicação da resolução sobre o impacto efetivo sobre o ambiente, o risco para a população vizinha e as restrições e cuidados necessários. 'Mesmo com grandes agravantes, o cemitério consegue se manter no local. Mas, a partir de que estudos e baseada em que legislação foi dada a sua liberação?', questiona.

Recentemente, a Navima realizou levantamento nas áreas em torno do Pitimbu e descobriu quemuitos moradores apresentaram quadro clínico positivo de Hepatite A, doença que pode causar necrose do fígado e cujo diagnóstico tardio pode levar à morte. 'Muitos estão incubando o vírus sem saber a causa. É importante frisar que este tipo de vírus é transmitido pela água ou alimentos', destacou. 'Na verdade, todos aqueles empreendimentos às margens do Rio Pitmbu estão irregulares'. A pesquisa verificou ainda que o único trecho não poluído compreende a área da Base Aérea de Natal, justamente por preservar a mata ciliar e por não poluir as águas.

Outro lado

De acordo com Heder Vila, gerente de operações do Grupo Vila, responsável pela administração do cemitério Morada da Paz - em funcionamento desde 1993 -, os jazigos são construídos em concreto pré-moldado e, quando vedados, os tornam impermeáveis. E diz que o Conama estabelece uma distância mínima de 1,5m dos túmulos do leito de rios. 'Estamos a mais de 20m', apontou, reforçando ainda que, duas vezes ao ano, o empreendimento realiza análises da água do rionaquela região junto a instituições de pesquisa como IFRN e Emparn.

'Em nenhuma delas houve presença de nitrato, nem de coliformes fecais', garantiu, argumentando ainda que o Grupo está preocupado com as questões ambientais. 'Já realizamos duas ações de plantio de mudas e estamos em parceria com o Barco-Escola (Idema), quando faremos, junto com estudantes de escolas públicas, um trabalho de limpeza do Rio Potengi. Ou seja, não nos preocupamos apenas com a morte, mas com a vida, sobretudo'.

Conferência

Rosimeire Dantas será a única representante do Brasil na Conferência Ibero-Americana de Administração Geral da Água, que acontece a partir de amanhã em Montevidéu, no Uruguai. O evento prossegue até dia 11 deste mês e vai reunir 27 países das Américas do Sul e Central. O nome da pesquisadora foi indicado pela Companhia Independente de Proteção Ambiental (Cipam), da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, pelo mérito de ser especialista na questão de gestão das águas interiores brasileiras e pelo seu trabalho junto a ONG Navima. Ela é considerada a única estudiosa sobre o assunto no Estado e uma das poucas no país."

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Amores - Maria da Paz


Amor efêmero
Arrebata-me sem consultar
Intentona do destino alheio
Megaton de sensações

Amor fabulário
Entre um sonho e a razão
Em um palavrório manso
A fala e o silêncio

Amor frenesi
Nem percebo mas, não é momentoso
E como um painel a meiatinta
Me deixa sucumbir até fermentar

Amor...
Surta a minha inércia
Em meio a minha loucura
pousa a sua lucidez
Fico a sua revelia

Amor apenas amor
Juro, juro eu não queria
E num compasso moratório
Tento ter esquecer

Maria da Paz
01 de setembro de 2009