Dia do Nordestino - 08 de Novembro

sábado, 25 de julho de 2009

É proibido - Pablo Neruda (poesia)

É proibido
Pablo Neruda

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual."










É permitido
Maria da Paz

É permitido sonhar com um mundo
mais justo e humanitário.
Mas, não é um mundo muito distante não.
Enquanto tomamos banho quente,
passamos creminhos em nosso corpo,
comemos, dormimos em camas confortáveis,
com lençóis quentinhos e cheirozinhos,
nossos irmãos sofrem por aí.
É tanto abandono, tanto descaso.
As pessoas passam e nem
percebem a face faminta, o olhar triste.
O ouvido também é sedento de uma palavra amiga
A mão espera uma atitude.
Mas, nada chega.
O caminho, é solitário.
Os sorrisos não se armam.
E os homens não se reconhecem.
É permitido amar e ser amado
Dar e receber,
Ter piedade e reconhecer o outro.
Amemos-nos!!
Pequena Maria Gigante da Paz

sábado, 18 de julho de 2009

Gabinete - O Sertão é um poema..



O Sertão é um poema
Que a natureza escreveu

No sertão tudo se ensina
O pensamento domina
O homem se desatina
Pensando no grande amor
Ora dar frio, ora calor
E se estar infeliz?
Teu grande amor não te quiz?
Remando na piracema
O sertão é um poema
Que a natureza escreveu


No Sertão a fé aflora
Se pede com devoção
Padre Cícero, Frei Damião
Pra contar essa história
E um passado de glória
Tristeza tomava meu coração
Mas, parti em cima do caminhão
Quem tem coragem não teme
O Sertão é um poema
Que a natureza escreveu
(Maria da Paz)




“Cada povo representa seus heróis históricos ou lendários de determinada maneira variável segundo os tempos; essas representações são conceituais. Enfim, cada um de nós tem determinada noção dos indivíduos com os quais está em contato, do seu caráter, da sua fisionomia, dos traços distintos do seu temperamento físico e moral: essas noções são verdadeiros conceitos”.
(Émile Durkheim, As Formas Elementares de Vida Religiosa, 1912, p.511.).


Filho de camponeses, Pio Giannotti - seu nome de batismo - nasceu a 5 de novembro de 1898, no povoado de Bozzano, na Itália. Na infância já era visto contemplando o crucifixo que carregaria para o resto da vida. Além do altruísmo (certa vez caminhou 30 quilômetros porque dera o bilhete do trem que ia para Bozzano a um mendigo), o moleque impressionava pelo equilíbrio - frequentemente saía pelo vilarejo plantando bananeira. O sonho de ordenar-se sacerdote foi adiado, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial. Combateu pelo exército italiano e herdou das trincheiras geladas uma infecção na perna que lhe causava dores terríveis (erisipela). Voltou para o seminário e tornou-se padre em 1923.

Pertencente à Ordem dos Capuchinhos, em 1931 recebeu a tarefa de pregar do outro lado do Atlântico, no distante Estado de Pernambuco. Decorou meia dúzia de sermões em português e encarou o desafio. Acompanhado de outro frade, Fernando Rossi, organizou missões que percorreram quase todas as cidades do Nordeste. Costumava chegar à localidade escolhida às segundas-feiras no final da tarde. Às quatro da manhã de terça, ainda na escuridão, a multidão já se comprimia para ver a procissão de penitência.

Disputa pelas sobras - A primeira missa era celebrada às cinco. Uma hora mais tarde, o frade iniciava sua pregação. “No inferno o calor é bilhões de vezes pior que no Nordeste. As labaredas sobem e queimam sem parar o corpo dos adúlteros, das prostitutas, dos afeminados e dos criminosos”, dizia com a voz rouca, quase inaudível. A seguir tomava o café da manhã. As sobras eram disputadas a tapas pelas beatas. “Se ele deixasse um restinho no prato, todo mundo corria para comer”, contou a ISTOÉ Anita Meira, enfermeira que o acompanhou por 30 anos, a partir de 1962. “Não era fome, não. Era devoção. As beatas viviam atrás dele com uma tesourinha, tentando cortar um pedaço da batina”, completa. O dia continuava com outras missas, a reza do terço e as confissões, que duravam até a meia-noite (o horário era facilmente ultrapassado). Então dormia umas poucas horas - roncava como um leão - e no dia seguinte, às quatro da manhã, lá estava o velho capuchinho de novo, com a habitual campainha nas mãos, acordando o povo para ir à igreja. Numa rotina que se repetiu por mais de 60 anos, depois de sete dias Frei Damião se deslocava para outra cidade.

Jerimum com leite - Habituado a comer apenas o que lhe dessem, não escapou das brincadeiras de seu companheiro de pregação, Frei Fernando Rossi. Hospedados numa residência de Bom Jesus (PE), quando a dona da casa perguntou o que deveria servir, Rossi disse que Frei Damião adorava jerimum (abóbora) com leite. Sem reclamar, o capuchinho italiano comeu o mesmo prato durante os três dias seguintes, nas três refeições. Ao deixar o lugarejo, o companheiro debochou: “Como é, Frei Damião, gostou da comida?” Em tom de apelo, ele respondeu: “Nunca mais faça isso, Fernando!”

Contra a minissaia - Inimigo declarado do comunismo, do sexo antes do casamento e da minissaia, Frei Damião espalhou seus milagres por mais de 800 municípios. Nunca se queixou das dores, apenas das limitações que a idade lhe impunha. “Ele ficava chorando no quarto por não poder seguir nas missões”, lembra o Frei Rinaldo Pereira, do Convento São Félix, no Recife, onde o capuchinho morou nos últimos dez anos de vida. Para arrancar-lhe alguns sorrisos, diziam que sua única doença era uma “tercite” - o hábito constante de rezar o terço. Morreu a 31 de maio de 1997, de problemas pulmonares. Até os últimos dias, confessou todos os fiéis que o procuravam. Sem café melado, mas com a conversa cara a cara que o sertanejo nordestino entendia tão bem.
Ingênuo, deixava os políticos se aproximarem para tirar fotos ao lado dele, mais tarde usadas para estampar santinhos de campanha. Num palanque montado para suas pregações em Canafístula (Alagoas), os alicerces cederam com a superlotação de políticos. Frei Damião ficou em situação constrangedora: caiu no colo do prefeito. São e salvo, tratou de tranquilizar os fiéis: “Quebrei só o terço, quebrei só o terço!
Reportagem retirada da Revista Isto é




Frei Damião
Luíz Gonzaga

Frei Damião, onde andará frei Damião
Deu-lhe o destino, viver nordestino
É hoje o nosso irmão

Quando o galo canta na madrugada
Já toda gente de pé benze na procissão
numa marcha santa dentro da alvorada
Vai na frente o homem, o quase santo frei Damião
oh reza e canta, desperta canta
já chegou o tempo ninguém fica ateu vamos pras missões
pecador se ajoelha
em Deus quem se espelha
só pode ter de Frei Damião sua proteção

Frei Damião meu bom Frei Damião
O seu perdão numa confissão faz um bom cristão
Frei Damião meu bom Frei Damião
Eu sou nordestino, eu estou pedindo a sua benção

Pé que pisa a terra, sem caminhos erra
Este beco testa-nos e a gente está nas missões
Quer saber do inverno, quer fugir do inferno
Quem tem devoção com Frei Damião não tem provação

Frei Damião meu bom Frei Damião
O seu perdão numa confissão faz um bom cristão
Frei Damião meu bom Frei Damião
Eu sou nordestino, eu estou pedindo a sua benção(bis)

Frei Damião... Frei Damiããããoooo.

sábado, 11 de julho de 2009

Orgui de cê nordestino do blogg do Rosildo


Garimpando pruculá
Achei "O Nordestinês do blogg do Rosildo
É pra ler e curtir

ORGULHO EM SER NORDESTINO
Nordestinês

Nordestino não fica solteiro, ele fica solto na bagaceira!
Nordestino não vai com sede ao pote, ele vai com a bexiga taboca!
Nordestino não vai embora, ele vai pegar o beco!
Nordestino não diz 'concordo com você', Ele diz: Né issssso, homi!!!!
Nordestino não conserta, ele imenda!

Nordestino quando se empolga, fica com a mulesta dos cachorros!
Nordestino não bate, ele 'senta-le' a mãozada!
Nordestino não sai pra farra... ele sai pro muído, pra bagaça!
Nordestino não bebe um drink, ele toma uma!

Nordestino não é sortudo, ele é cagado!
Nordestino não corre, ele dá uma carreira!
Nordestino não malha dos outros, ele manga!
Nordestino não conversa, ele resenha!

Nordestino não toma água com açúcar, ele toma garapa!
Nordestino não engana, ele dá um migué!
Nordestino não percebe, ele dá fé!
Nordestino não sai apressado, ele sai desembestado!

Nordestino não aperta, ele arroxa!
Nordestino não dá volta, ele arrudeia!
Nordestino não espera um minuto, ele espera um pedacinho!
Nordestino não é distraído, ele é avoado, apombaiado!
Nordestino quando está irritado com alguém que fica 'botando boneco', diz:
Homi largue de frangagem!

Nordestino não fica com vergonha, ele fica encabulado, todo errado!
Nordestino não passa a roupa, ele engoma a roupa!
Nordestino não houve barulho, ele ouve zuada!
Nordestino não acompanha casal de namorados, ele segura vela!
Nordestino não rega as plantas, ele 'agoa' as plantas.

Nordestino não quebra algo, ele tora!
Nordestino não é esperto, ele é desenrolado!
Nordestino não é rico, ele é um cabra estribado!
Nordestino não é homem, ele é macho!
Nordestino não chama 'seu desalmado', ele grita 'infeliz das costa ôca!'

Nordestino não pede almoço, ele pede o cumê
Nordestino não come carne, ele come 'mistura'
Nordestino não lancha, merenda!
Nordestino não fica satisfeito quando come, ele enche o bucho!
Nordestino não dá bronca, dá carão!

Nordestino não fica com raiva, ele 'pega ar'!
Nordestino não casa, ele se amanceba!
Nordestino não tem diarréia, tem caganeira!
Nordestino não tem mau cheiro nas axilas, ele tem suvaqueira!
Nordestino não tem perna fina, ele tem dois cambitos!

Nordestino não é mulherengo, ele é raparigueiro!
Nordestino não se diverte, ele "bota pa decê"!
Nordestino não joga fora, ele rebola no mato!
Nordestino não exagera, ele alopra!
Nordestino não vigia as coisas, ele pastora!

Nordestino não se dá mal, ele se réia, se lasca todinho!
Nordestino quando se espanta não diz: - Xiiii! Ele diz: Viiixi Maria! Aff maria! Nordestino não compara dizendo: - Como é que pode? Ele diz: - Soxtô!
Nordestino não vê coisas de outro mundo, ele vê uns malassombros!
Nordestino não é escroto, é o creca!

Nordestino não é chato, é caningado!
Nordestino não é cheio de frescura, é pantinzeiro!
Nordestino não pula, dá pinote! Nordestino não arranja briga, arranja intriga! Nordestina não fica grávida, fica buxuda!

Nordestino não fica bravo, fica com a gota serena!
Nordestino não é malandro, é cabra de pêia!
Nordestino não fica apaixonado, ele arrêia os pneus todiinho!.
Todo nordestino TEM ORGULHO DE SER NORDESTINO!!!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Onildo Barbosa - Homenagem a Zé Marcolino

Tu és som de ventonorte
Voz de viola afinada
Lua cheia que se esconde
Nas nuvens da madrugada
Compêndio que o mundo leu,
Poema que se perdeu,
Na poeira da estrada.

Eu te vejo como astro
E te ouço como um sino
Tu és a voz do agreste
Meu cantador Nordestino,
Flor do campo ventania,
Meu favo de poesia
Tu és JOSÉ MARCOLINO.

Te vejo na rapidez
Do Colibri pequenino
Te ouço sim!! Eu te ouço,
Nas badaladas do sino
Anunciando a partida
Nas lágrimas da despedida
Tu és JOSÉ MARCOLINO.

Tu és flor de Cumarú
Embelezando o sertão
Água barrenta de chuva
Fazendo poças no no chão
Ù és um Zé de outrora,
Para sempre um Zé que mora
Dentro do meu coração.

( SALVE ZÉ MARCOLINO)
Onildo Barbosa
Homenagem a Zé Marcolino

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Ecotáxi - tudo pelo Meio Ambiênte (Globo.com)


Na busca por um veículo de baixo custo, eficiente no uso de combustível e ambientalmente correto, o prefeito de uma cidade nas Filipinas parece ter encontrado o candidato ideal. Rustico Balderian, da localidade de Tabontabon, projetou dois tipos de táxis feitos com bambu e movidos a biodiesel de coco.

Balderian criou esses “ecotáxis” como uma alternativa à dominante – e perigosa – forma de transporte em Tabontabon: a motocicleta. Na cidade, é comum que cinco ou seis pessoas se espremam sobre uma única moto, aumentando as chances de acidentes. Os veículos criados pelo prefeito, além do benefício ambiental, oferecem uma alternativa barata de transporte.
Eco-táxi é feito com 90% de bambu e é coberto por esteira de tecido
O bambu é um material renovável, que não precisa sofrer um processamento complexo antes de ser utilizado e, além disso, tem resistência tão boa quanto a do aço.
Os dois táxis são chamados de Eco 1 e Eco 2. O Eco 1 pode transportar até 20 pessoas sentadas, e roda por cerca de 80 horas com apenas um galão de biodiesel (o equivalente a 3,78 litros), segundo informações das autoridades filipinas. O Eco 2 é menor: comporta oito pessoas. Ambos os veículos são construídos por adolescentes da cidade. Noventa por cento do ecotáxi é feito de bambu – a exceção é o teto, coberto por uma esteira de tecido.