Dia do Nordestino - 08 de Novembro

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Literatura de Cordel - Francisco Diniz

Literatura de Cordel
É poesia popular,
É história contada em versos
Em estrofes a rimar,
Escrita em papel comum
Feita pra ler ou cantar.

A capa é em xilogravura,
Trabalho de artesão,
Que esculpe em madeira
Um desenho com ponção
Preparando a matriz
Pra fazer reprodução.

Mas pode ser um desenho,
Uma foto, uma pintura,
Cujo título, bem à mostra,
Resume a escritura.
É uma bela tradição,
Que exprime nossa cultura.

7 sílabas poéticas,
Cada verso deve ter
Pra ficar certo, bonito
E a métrica obedecer,
Pra evitar o pé quebrado
E a tradição manter.

Os folhetos de cordel,
Nas feiras eram vendidos,
Pendurados num cordão
Falando do acontecido,
De amor, luta e mistério,
De fé e do desassistido.

A minha literatura
De cordel é reflexão
Sobre a questão social
E orienta o cidadão
A valorizar a cultura
E também a educação.

Mas trata de outros temas:
Da luta do bem contra o mal,
Da crença do nosso povo,
Do hilário, coisa e tal
E você acha nas bancas
Por apenas um real.

O cordel é uma expressão
Da autêntica poesia
Do povo da minha terra
Que luta pra que um dia
Acabem a fome e miséria,
Haja paz e harmonia.


Francisco Diniz

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Esquadros - Adriana Calcanhoto


Janela de Cactus
Eu ando pelo mundo prestando atenção

Em cores que eu não sei o nome

Cores de almodovar

Cores de Frida Kahlo, cores

Passeio pelo escuro

Eu presto muito atenção no que meu irmão ouve

E como uma segunda pele, um calo, uma casca

Uma cápsula protetora

Eu quero chegar antes

Pra sinalizar o estar de cada coisa,

Filtrar seus graus

Eu ando pelo mundo divertindo gente

Chorando ao telefone

E vendo doer a fome dos meninos que têm fome

Pela janela do quarto

Pela janela do carro

Pela tela, pela janela

Quem é ela, quem é ela?

Eu vejo tudo em quadrado

Remoto controle...
Adriana Calcanhoto

Cordel - Vou-me embora pro passado - Jessier Quirino

...No passado tem Gerônimo

Aquele Herói lá do Sertão

Tem Coronel Ludugero

Com o Otrope em discussão

Tem passeio de Lambreta

De Vespa, de Berlineta

Marinete e Lotação



Quando toca Pata Pata

Cantam a versão musical

"Tá com a pulga na cueca"

E dançam a música sapeca

Ô Papa Hum Mau Mau



Tem a turma prafrentex

Cantando Banho de Lua

Tem bundeira e piniqueira

Dando sopa pela rua

Vou-me embora pro passado...

Mãe natureza - poema de um verso só - Da Paz

Que os filhos da Terra se unam em defesa da mãe natureza



Se o homem quizer mudar

Para o planeta salvar

Deve reaproveitar, reduzir e reciclar

E outro história contar

Rua Deodoro da Fonseca, 17 - Autoria: Da Paz

Rua Deodoro da Fonseca, l7
Em algumas cidades interioranas, você chega e pergunta, por exemplo:
- Você sabe onde mora Zezinho?
E o camarada te responde com outra pergunta:
- Que Zezinho?
Você complementa:
- Zezinho de Naneta
E o sujeito retruca:
-Naneta de Seu Antônio?
Você já meio invocado diz:
-É.
E ele mais uma vez surpreende:
-Ah É Zezinho de Naneta de Seu Antônio de Dona Zefa?
Conheço. Mas é claro que conheço. Você é o que dele?
E você com toda a paciência responde secamente;
-Prima.
Mas, o cara tem papo.
-Filha de quem?
Seu saco já está quase cheio, mas, tudo bem.
-De Vitória.
Tá pensando que ele não tem mais perguntas?
-Deixe ver. Sua mãe!... Vitória Duda de Antônio de Ciço Cassiano, é? Mas rapaz...

Cotidiano de um sertanejo - poema - Da Paz


Cotidiano de um sertanejo

Deitado numa rede

Chamei Zefinha

Traz água pra matar minha cede

Mas, o relicho do burro

E a vaquinha a chocalhar

Me fizeram lembrar

Tenho que trabalhar

Um roçado a me esperar

Alvinho de algodão

A flor branca do sertão

A natureza em perfeita harmônia

Olho meu sítio com alegria

Até o maracá de uma cobra coral

Me soa como o som de um madrigal

A noitinha já banhado

Num banquinho encostado

Uma boa cachacinha

Com carne asada e farinha

O meu radinho de pilha

Entoa canções, cantigas, modinhas

E Zefinha do meu lado

Pra me deixar sossegado



Maria da Paz 17/08/2007

terça-feira, 22 de julho de 2008

O significado da palavra CULTURA, segundo Aurélio

Ser culto. O que é?
Ler bastante? escrever corretamente? conhecer pessoas?
frequentar locais sofisticados?
A cultura é conceituada por Aurélio Buarque como: Conjunto dos conhecimentos adquiridos em determinado campo. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas, intelectuais, etc, transmitidos coletivamente, e típicos de uma sociedade.