NA CASA QUE EU FUI CRIADO
NUNCA MAIS MOROU NINGUÉM.
Mote de Gregório Filomeno
*
A janela do oitão
Está sempre escancarada
E a quem passa na estrada
Aparece assombração
Até no velho fogão
Onde era feito o xerém
Dentro da chaminé tem
Um capuxu arranchado
NA CASA QUE EU FUI CRIADO
NUNCA MAIS MOROU NINGUÉM.
Gregório Filomeno
*
No alpendre não tem rede
Nem viola pra tocar
Não posso me balançar
Tacando o pé na parede
Para matar minha sede
Já não encontro meu bem
A saudade vai além
Quando lembro meu passado
NA CASA QUE EU FUI CRIADO
NUNCA MAIS MOROU NINGUÉM.
Dalinha Catunda
ainda teima em viver
Não existe mais o barreiro
de onde eu tirava água
pra aguar o terreiro
bordadinho de roseiras
As lembranças permanecem
ficam para sempre no meu imaginário
NA CASA QUE EU FUI CRIADO
NUNCA MAIS MOROU NINGUÉM.
Maria da Paz
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