Dia do Nordestino - 08 de Novembro

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Eu vou pra roliud - Maria da Paz

Eu mi pus a meditar
e cheguei a concrusão
Vou mim bora do Brasí
Vou morá in Roliud.
Lá as muié são faceiras
Os homes são de corage
Os cavalos são ligeiros
Inté a poeira é bela.
Nun si ver gente cuberta
com esses trapus de Chita
Elas anda é inguazim
A fia de Maria Rita.
Cuando a noitinha cai
As frôr de formuzura
Vão passear sorrateira
Parece cobra no quente
Balançando um maracá.
E os cabras bem vistidos
Com paletor de bramante
Todo branco reluzante




Cuando entrum no salon
pede logo uma bibida
Daquelas tão saburosa
Que o cabra dar uma cuspida.
Mostrando que é valente
Impurra quem tar na frente
Se arguérm se intrometer
O pau cumeça a cumer
Tapa vai e tapa vem
Eu queria era tar lá
pru mode bater tombém
Minha mãe me dixe
Qui isso é bestagem
E qui se eu tivesse
lar eu ia era apanhar.







 Lár num si briga de tapa
  Nem muito menos de faca
  Os revove são veloz
  Quando a gente pensa
  Que a bala vai saindo
  Ela já vem é voltano
  Se livre como quizer
  Pois a briga é pru muié
  Dos cangote descoberto
  Roliud me espere
  Eu só volto pru Brasí
  Si um dia Deus é quem quer.
 A tendencia pela matutagem
 é coisa Herdada.

Poesia Branca - ausência de Rimas



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