Meus povos e minhas povas
Cumpade se achegue aqui
Iscutem as boa novas
Veam correno mi ouvir
Num palanque de pau duro
Vou fazer o meu discurso
E num mi xingue de viado
Nem muito menos de urso
Andano de porta em porta
Na minha égua Bandida
Já vi tudo quanto é marmota
Quando conto, inté Deus duvida
Pé de lã pulano muro
Caino lá no buraco
Se aproveitano do escuro
Traiu o Zé do Barraco
Uma bêba trambiqueira
Si iscondeu atraz dos pano
Se perdeu nas buraquera
Conde tinha nove anos
Seu Ricardo lá da venda
Cobrano juros a pobre
Vendeno o metro de renda
A preço de seda nobre
O menino da purtera
Queria ser pagodeiro
Trocou um par de besteira
por um bonito pandeiro
Meu padrim pade Ciço
Levano uma romaria
As véias levava o santo
E as novas?! Ave Maria!!!
Naquele dia fatídico
Quaje três da madrugada
Entrei no cabaré de Tantico
Duas putas dero risada
Uma dama de vermeio
Cruzava o meu caminho
A muié era tão feia
Tinha óido de espeio
Coitado do Zé de Benta
Com medo de levar ponta
Escondeu a dona increnca
e arresoveu pagar a conta
E Da Luz de Zé Ribeiro
Se meteu com Zé Ninguém
Trabalhou o mes inteiro
Não recebeu um vintém
...
2 comentários:
ahahaha gostei.
Gostei também do sub títulod e seu blog, só entra quem aguenta.
realmante não é qualquer um que aguenta um blog educativo.
beijo grande.
Muito bom essa poesia. perfeita.
FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja um bom dia.
Saudações Florestais !
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