Dia do Nordestino - 08 de Novembro

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Essa Palavra Saudade - Pinto do Monteiro

Essa Palavra Saudade 
Aí Pinto do Monteiro disse:

Essa palavra saudade
Conheço desde criança
Saudade de amor ausente
Não é saudade, é lembrança.
Saudade só é saudade 
Quando morre a esperança.



domingo, 19 de junho de 2016

Sutil Vontade - Santanna o cantador




 Sutil Vontade (Santanna) 

Ganhei uma canção branca
Como o coração teu.
Mas só que não sei cantar, 
Nem a ti posso chegar
Agora já, nesse instante,
Eu pedi ao passarinho,
Que sabe cantar bastante,
Para que leve a cantiga
Em forma de um presente
E sutilmente lhe diga,
Traduza a minha intenção.
Fazendo assim a canção
Penetrar no teu ouvido
E tocar na tua mente,
Contagiando a tu’alma
E tu, com serena calma,
Receba o recado meu.

sábado, 11 de junho de 2016

Casa Velha de Sapê - Flávio José

 Tá vendo
Aquela casa abandonada,
seu moço
Lá na beira da estrada
Sem ninguém lhe dar valor
Prá mim já foi motivo, de alegria
Toda noite, todo dia
Toda hora tinha amor
Por lá passava
Distante a tristeza
Tudo lindo que beleza
Do jeito que deus criou
Enquanto pude, cuidei direitinho
Pra  preservar nosso ninho
E manter sempre o seu valor
Mas hoje já estou velho e cansado
Fui pelo tempo enganado
Pra mim só restou a dor
De ver a minha casa tão querida
Abandonada esquecida
Sem ninguém lhe dar valor 


Ai ai ai
Como é duro de esquecer
Minha família toda reunida
Naquela casa querida
Casa velha de sapê 


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Thaís Sélinguer - "Sete Trombetas" ( Homenagens Lauriete)


Uma mistura de sangue com fogo
A terça parte deste mundo queimará
Eu quero estar distante, eu quero estar no céu
Quando o anjo a primeira trombeta tocar
Um grande meteoro vai cair no mar
Pela segunda vez que a trombeta soar
Levando a terça parte à destruição
Não quero estar presente nesta ocasião
Na terceira vez que a trombeta tocar
Uma grande estrela do céu cairá
Destruindo as fontes das águas
Envenenados muitos homens morrerão
Na quarta vez o sol perderá a luz
A lua não terá aquele brilho que seduz
O dia vai ser noite, a noite vai ser dia
Eu quero estar na glória junto de Jesus
Breve virá! Breve virá! Breve Jesus voltará!
Eu quero estar além de tudo, eu não pertenço a este mundo
Eu vou guardar a minha fé, pra não perder minha coroa
Preciso andar em santidade, pra ver a face do meu noivo
E adorar na excelência o Todo-Poderoso
E quando pela quinta vez a trombeta tocar
A porta do inferno então se abrirá
O mau será liberto para atormentar
Aqueles que não foram fiéis a Jeová
Os homens vão querer à morte se entregar
E certamente deles ela fugirá
Desesperadamente vão gritar perdão
Durante cinco meses assim ficarão
E quando pela sexta vez a trombeta tocar
Duzentos milhões de anjos do inferno virão
São eles cavaleiros da destruição
Matando a terça parte da população
E quando o sétimo anjo tocar a última trombeta
Haverá no céu grandes vozes que dirão
Os reinos do mundo vieram a ser do nosso senhor Jesus Cristo
E Ele reinará para sempre!
E os vinte e quatro anciãos que estão assentados em seus tronos diante de Deus
Se prostrarão sobre seus rostos e adorarão em espírito e em verdade
Oh! Aleluia!
Não quero estar aqui quando as trombetas tocarem
Não quero estar aqui, eu quero estar com Jeová
Eu vou me preparar, eu vou me preparar
Aqui não vou ficar, aqui não vou ficar!
Eu quero estar além de tudo, eu não pertenço a este mundo
Eu vou guardar a minha fé, pra não perder minha coroa
Preciso andar em santidade, pra ver a face do meu noivo
E adorar na excelência o todo poderoso
Eu quero estar além de tudo, eu não pertenço a este mundo
Eu vou guardar a minha fé, pra não perder minha coroa
Preciso andar em santidade, pra ver a face do meu Noivo
E adorar na excelência o Todo-Poderoso
O Todo-Poderoso!
O Todo-Poderoso!

Renato Teixeira - O frete

EU CONHEÇO CADA PALMO DESSE CHÃO 
EU CONHEÇO TODOS OS SOTAQUES



Eu conheço cada palmo desse chão
é só me mostrar qual é a direção
Quantas idas e vindas meu deus quantas voltas
viajar é preciso é preciso
Com a carroceria sobre as costas
vou fazendo frete cortando o estradão



Eu conheço todos os sotaques
desse povo todas as paisagens
Dessa terra todas as cidades
das mulheres todas as vontades
Eu conheço as minhas liberdades
pois a vida não me cobra o frete



Por onde eu passei deixei saudades
a poeira é minha vitamina
Nunca misturei mulher com parafuso
mas não nego a elas meus apertos
Coisas do destino e do meu jeito
sou irmão de estrada e acho muito bom



Eu conheço todos os sotaques
desse povo todas as paisagens
Dessa terra todas as cidades
das mulheres todas as vontades
Eu conheço as minhas liberdades
pois a vida não me cobra o frete



Mas quando eu me lembro lá de casa
a mulher e os filhos esperando
Sinto que me morde a boca da saudade
e a lembrança me agarra e profana
o meu tino forte de homem
e é quando a estrada me acode



Eu conheço todos os sotaques
desse povo todas as paisagens
Dessa terra todas as cidades
das mulheres todas as vontades
Eu conheço as minhas liberdades

pois a vida não me cobra o frete

terça-feira, 7 de junho de 2016

Lembranças de minha mãe. Maria da Paz

Lembro-me como se fosse ontem, nos meados dos anos 60, minha mãe foi a Cuité, receber seu salário de professora da Prefeitura e no seu retorno trazia um embrulho de papel de bodega. Colocou cuidadosamente sobre uma mesa e começou a desembrulhar era um "Conjunto de café de 11 peças. Essa estampa não me saia dos olhos, pois achei lindo demais. Eu já tinha alma de artista. Kkkkkkkk
O conjunto era composto por 6 xícaras e seus respectivos pires, 2 bules, 1 leiteira,  1 açucareiro e uma manteigueira. Essas peças permaneceram em uma Cristaleira, por uns trinta anos, não sei o que foi feito delas. Uma coisa eu sei, minha mãe as guardava com muito carinho. Eh! saudade....

As Flô de Puxinanã - Poeta Zé da Luz




As Flô de Puxinanã
(paródia de 'As Flô de Gerematáia', de Napoleão Menezes) 

Três muié ou três irmã,
Três cachorra da molesta,
Eu vi num dia de festa,
No lugar Puxinanã.

A mais véia, a mais robusta
Era mesmo uma tentação!
Mimosa flô do sertão
Que o povo chamava Ogusta.

A segunda, a Guléimina,
Tinha uns ói que ô! maldição!
Matava qualquer cristão
Os oiá dessa menina.

Os ói dela parecia
Duas estrela tremendo,
Se apagando e se acendendo
Em noite de ventania.

A terceira, era Maroca.
Com um corpo muito malfeito.
Mas porém, tinha nos peito
Dois cuscuz de mandioca.

Dois cuscuz que, por capricho,
Quando ela passou por eu,
Minhas venta se acendeu
Com o cheiro vindo dos bicho.

Eu inté me atrapaiava,
Sem saber das três irmã
Que eu vi em Puxinanã,
Qual era a que me agradava.

Escolhendo a minha cruz
Pra sair desse embaraço,
Desejei morrer nos braços,
Da dona dos dois cuscuz!

Puxinanã é uma cidade nordestina localizada na Região 
Metropolitana de Campina Grande, com cerca de 13 mil habitantes, sua fundação data 1962.

 nome do município vem do tupi puxi–nanã e significa "ananás ruim (incomestível)", em referência ao fruto da bromélia, semelhante a um abacaxi. (Ananás comosus)Resultado de imagem para Abacaxi nome cientifico
Ananás comosus

Ananas lucidus - Abacaxi Ornamental
Abacaxi de Jardim -Puxinanã
E o que a cidade de Puxinanã tem em comum comigo - a  idade
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