Dia do Nordestino - 08 de Novembro

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Retrato da Seca - Onildo Barbosa




Sertanejo sentindo a sede

E a fome que tanto devora 

Matulão lá no pé da parede 

Só lhe resta vontade a gora 

De juntar a família tristonha, 

Já cançada de tanto sofrer 

Deixar tudo prá traz e ir embora. 

Já morreu minha vaca pintada 

E de sede o cavalo alazão,

Jaçanã foi pra longe e deixou 

Asa branca caída no chão, 

O vaqueiro também já se foi 

Só deixou o chapéu e o gibão,

Joelhado olhou pra o são francisco, 

E pediu a transposição.  

O sertão assolado sem chuva 

Tanta agua no rio que corre 

Despeijando lá no eceano 

E aqui tanta vida que morre, 

Quem está na elite não ver, 

O sofrer e nem tem compaixão, 

Sem lembrar que lá, tem gente morando. 

E em tão puco que existe o sertão. 

Já morreu minha vaca pintada 

E de sede o cavalo alazão 

Jaçanã foi pra longe e deixou 

Asa branca caída no chão, 

O vaqueiro também já se foi 

Só deixou o chapéu e o gibão, 

Joelhado olhou pra o são francisco, 

E pediu a transposição. (bis) 




















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