Dia do Nordestino - 08 de Novembro

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Pupuca - Renato Caldas



                   
                   PUPUCA 



            Meu patrão, sô sertanejo.
            Eu nasci neste torrão!
            Fui tarvez o mais andejo
            Dos cantadô do sertão...
            Fui cacheiro chapado
            Fui cantadô macriado
            No martelo e no rojão.


            Cunheço o Brasí, todinho:
            Agreste, mata e sertão.
            Arrastei pelos caminho
            Muita alegria e afrição!
            Eu tive a filicidade
            De quage in toda cidade
            Causá admiração.


            Eu era desempenado,
            No braço do violão.
            Fazia um tarrabufado
            Da prima para o bordão.
            E naquele remelexo
            A nega caia o queixo,
            E eu entrava de cão.


            Tive umas mí namorada
            De todo tipo e padrão.
            Céga, muda e alejada
            Tudo entrava no arrastão
            Toda muié me servia...
             E a todas prometia
             Um lugar no coração. 


             Namorei uma maluca
             No Estado do Maranhão
             Chamavam ela PUPUCA
             A dôida era um peixão,
             -Por essa fui embeiçado-
             Se não fosse o Delegado
             Tinha feita a arrumação.


             ...Porém o tempo machando
             Sem dó nem comtempração
             Foi pouco a pouco matando
             A minha reputação...
             Hoje tô véio, cansado
             Só me resta do passado
             tristeza e rescordação.


             Num tenho mais alegria, 
             Morreu minha inspiração!
             Num faço mais puisia
             Num toco mais violão,
             Só uma coisa me catuca
             É a sodade da maluca
             Que deixei no Maranhão.


              Renato Caldas.



domingo, 27 de novembro de 2011

Formatura de minha sobrinha Juliana


Juliana - foramnda do Curso de Pedagogia da Universidade Vale do Acaraú e meu filho de padrinho
Eusinha

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Acasos e Cordel que deixou a Globo e Bial indignados

BIG BROTHER BRASIL:
UM PROGRAMA IMBECIL.
Autor: Antonio Barreto,
Cordelista natural de Santa Bárbara-BA,
residente em Salvador.
Tragédia da vida real
A morte do ex-BBB André Luis Gusmão de Almeida, 
o Cowboy. Ele foi assassinado na madrugada 
desta quarta-feira, 1°, na sua chácara 
em Alumínio, no interior de São Paulo

Morena contou no Twitter que veículo quase capotou 

por forte chuva que cai em Salvador

Ex-BBB Anamara sofre acidente de carro na Bahia
DIVULGAÇÃO/ REDE GLOBO












A ex-integrante do Big Brother Brasil, Anamara, 
sofreu um acidente de carro que por pouco 
não se transformou em uma grande tragédia 
neste domingo. Em seu Twitter, a morena 
contou que viveu momentos de desespero e 
logo depois explicou o que tinha acontecido.

SEXTA-FEIRA, 24 DE SETEMBRO DE 2010


Ex-BBB Fernando supera tragédia 

e é campeão mundial de paracanoagem

Após acidente de carro, modelo e
 atleta perdeu o movimento das pernas, 
mas encontrou no esporte a fuga da 
depressão. Domingo, no Esporte Espetacular

Depois de sair do Big Brother Brasil 2,
ele tornou-se celebridade e modelo internacional. Estrelou comerciais ao lado de grandes top models, como Naomi Campbell e Cláudia Schiffer. Mas o destino de Fernando Fernandes mudou completamente no dia 4 de julho de 2009.
No caminho de volta para casa após uma pelada com os amigos, em São Paulo, o ex-BBB dormiu no volante e sofreu um acidente de carro. Ficou paraplégico, perdeu os movimentos das pernas. No entanto, ele não entrou em depressão. Tudo isso por causa do esporte.

- Depois do acidente, eu encontrei a paracanoagem. Deus não me tirou a coisa da qual eu mais gosto na vida que é o esporte. Então, eu só tenho a agradecer - disse.
20/11/2006 - 11h51

Com câncer, ex-Big Brother Buba morre aos 34 anos em Curitiba

PUBLICIDADE
da Folha Online

O empresário Edilson Buba, que ficou famoso ao participar do reality show "Big Brother Brasil 4", da Rede Globo, morreu na madrugada desta segunda-feira aos 34 anos. No programa da Globo, Buba ficou famoso por dormir com bichos de pelúcia e não ter vergonha de chorar de saudade da família.

Divulgação
O empresário Buba
Buba estava internado desde 17 de setembro no Hospital Vita, em Curitiba, e morreu por falência múltipla dos órgãos, decorrente de uma infecção generalizada. Segundo o hospital, o ex-BBB tinha dois tumores na região do abdome e já havia passado por algumas cirurgias.

De acordo com a assessoria de imprensa de Buba, o corpo do empresário é velado no crematório Vaticano, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba, e será cremado por volta das 12h em cerimônia familiar. 







Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
.
Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
.
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.
FIM

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Lirinha voltou... que maravilha!!! disco novo

Recomeço lírico e universal

Publicação: 17 de Setembro de 2011 às 00:00
Yuno Silva - repórter

Recomeçar é sempre um desafio. Nunca se sabe ao certo o que aguardar na próxima esquina, e o futuro se transforma em um livro com páginas em branco à espera de novas escritas. Mesmo diante de todas as incertezas, principalmente quando um artista está com a carreira estabelecida, não há nada mais instigante que experimentar novas possibilidades. E é nesse campo certezas incertas onde o pernambucano José Paes de Lira está jogando. Lirinha, para os íntimos que o conheceram quando ainda estava à frente de sua antiga banda Cordel do Fogo Encantado, resolveu alçar novos vôos em carreira solo e, para começar, disponibilizou gratuitamente na internet (www.josepaesdelira.net) seu disco "Lira".

andré vieiraLirinha disponibiliza novo disco na internet e confirma lançamento nacional em Natal .

Lirinha disponibiliza novo disco na internet e confirma lançamento nacional em Natal . "Lira" traz sonoridade moderna onde a poesia mergulha em timbres eletrônicos


















Com um perfil artístico que transita entre música, teatro e poesia, Lirinha não é mais o mesmo: deixa para trás os batuques, evidencia harmonias e melodias, e transfigura o regionalismo ainda presente em um som mais universal, globalizado, moderno. "Lira" será apresentado em primeira mão na capital potiguar, no próximo dia 1º de outubro, quando o artista encerra a primeira noite de eliminatórias do Festival MPBeco 2011 na Cidade Alta. O show, assim como toda a programação do evento, é gratuito.



Ousado, experimental e também pop, o novo trabalho de Lirinha deverá surpreender desavisados  interessados em formar uma ciranda na beira do palco - agora a banda é formada por guitarras, bateria, teclados, percussão e sintetizador, e a textura sonora recebeu tratamento de Pupillo (Nação Zumbi), que assina a produção musical. O disco ainda traz participação dos guitarristas Fernando Catatau (Cidadão Instigado) e Neilton de Carvalho (Devotos), Otto e Ângela Ro Ro.

Para falar sobre este novo álbum e sua carreira solo, Lirinha concedeu a seguinte entrevista por telefone direto de São Paulo à TRIBUNA DO NORTE:

Lirinha, você lançou o CD pela internet no último domingo (11) e, pelo que está escrito no seu blog pessoal, Natal recebe o lançamento mundial do disco...

[risos] Exatamente, botei mundial não foi?! Mas é amostrado mesmo esse cara! É uma brincadeira, pois estive no México, em um evento literário, e é Natal que vai receber este novo trabalho na íntegra em primeira mão. Fico muito feliz, pois tenho uma relação forte com a cidade, com o RN, que vem de antes do Cordel. Ouvia repentistas e cantadores daí como Severino Ferreira de Touros, Zé Luiz, um pessoal que recito desde criança. Chico Antônio. Passei por tudo isso e tudo isso passou por mim também.

O show em Natal vem completo? Cenário, banda?

Cenário será com luz, mas o que vou levar para Natal é o que vai circular em turnê. A banda nunca existiu, então será, realmente, a primeira vez. Vai ser um momento bem diferente pra todo mundo.

E a data do lançamento, 11 de setembro, teve alguma coisa a ver com um lançamento bombástico?

[risos] Não, não. É o dia quando se comemora a emancipação de Arcoverde (PE). Quis, de alguma forma, fazer parte disso - criar esse vínculo com a cidade de onde venho.

"Lira" é um lançamento independente e marca sua estreia como artista solo. Qual sua intenção em disponibilizar o disco gratuitamente na internet?

Faz parte de uma estratégia específica para esse momento que estou passando na carreira. Como vivi um recomeço, e uma reinvenção de som, a maior importância agora é a circulação dessas músicas. É muito importante que cheguem antes dos shows. Como o show tem uma relação com o mercado, era possível que se criasse uma expectativa com relação à música que eu fazia com o Cordel, então eu quis apresentar qual o caminho que eu tomei. O show em Natal tem muito a ver com essa decisão de disponibilizar na internet agora, antes do disco físico.

Sente que sua música soa mais mundial neste novo trabalho?

Quando tomei a difícil decisão de sair do Cordel, que não teve nada a ver com briga nem aquele velho desgaste conhecido dos grupo, foi por uma opção estética, uma decisão para ir a um ambiente desconhecido, de novidade. Não fazia sentido eu sair da banda e continuar com a mesma sonoridade. No momento em que eu me dou essa liberdade de recomeço, tenho uma necessidade intensa de experimentação melódica e harmônica.

"Lira" flerta com a música eletrônica?

Não sei se exatamente eletrônico, está mais ligado a relação de timbres que lembram essa coisa eletrônica. Toda a linha de baixo foi gravada com teclado, piano elétrico e sintetizadores, um esquema que lembra o The Velvet Underground, é bem diferente do que o Cordel fazia. A chegada do Neilton e do Pupillo, que gravaram comigo todas as faixas, tem tudo a ver com esses novos timbres. Esse projeto está sendo uma novidade pra eles também. Me sinto muito presente, muito representado pelo disco. As melodias, que construí sozinho em casa, foram todas respeitadas pelos arranjos. Pela primeira vez percebo a aplicação de uma poesia pessoal que me mostra completamente.

O fato da mixagem e a masterização ter sido na França alterou de alguma forma no resultado final?

Antigamente fazer esse tipo de coisa fora do país girava em torno do glamour, ou mesmo pela curtição da viagem. Mas hoje conseguimos compartilhar arquivos pela rede, com alta qualidade, e, de fato, você pode fazer onde quiser. Fizemos tudo por skype, íamos ouvindo e discutindo, negociando timbres até encontrar o ponto. Então, com certeza, interfere sim na sonoridade final.

E a participação de Ângela Ro Ro, como foi incorporada?

Ela foi caçada, desejada. Há uns oito, seis anos atrás, em Teresina, quando o Cordel estava fazendo show na cidade, Ângela estava se apresentando e fui assistir. Não sei de que forma, mas deram o toque e ela acabou me dedicando uma música. Sou fã desde Arcoverde (PE), escuto muito, e quando tive a oportunidade do disco solo fui atrás. Inclusive, ela contou que quando estava se recuperando do problema de saúde (Ro Ro perdeu 60 quilos com reeducação alimentar, também parou de beber e fumar) passou o período ouvindo o disco "Transfiguração" (2006) do Cordel. Então essa participação na música "Vedete" não foi uma coincidência.

Suas letras são bem românticas. Você percebe que os jovens estão assumindo esse lado, sem receio de rótulos?

Sim, acredito nisso. Musicalmente estamos superando alguns debates que aconteceram na década de 1990. Naquela época, quando se incluía um instrumento eletrônico tinha toda uma simbologia. A guitarra na década de 1960; Ariano Suassuna questionando Chico Science... isso tudo passou, está superado, hoje temos outros problemas, outros questionamentos. Por isso, essa reaproximação com sons simbolicamente eram tido como bregas e tal. Essa abertura é muito positiva para a música, uma necessidade de oxigenação nos movimentos.

SERVIÇO

Novo disco "Lira". Ouça e baixe gratuitamente no endereço eletrônico www.josepaesdelira.net. Show em Natal dia 1º de outubro dentro da programação do Festival MPBeco, na Cidade Alta.