Dia do Nordestino - 08 de Novembro

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O governo do Estado do RN - Lema "Faça o que eu digo, mais não faça o que eu faço



O Governo do Estado deveria fazer seu slogan assim: Faça o que digo, mas, não faça o que eu faço
A Educação do Estado do Rio Grande do Norte como também de outros Estados do Brasil, vem sofrendo uma crescente queda. O modismo pela qual passa a Educação deixa uma triste marca: Crianças não tem mais interesse pelo Ensino, os pais não se preocupam com as notas do filhos, muito menos com o que eles estão aprendendo ou deixando de aprender, os professores na grande maioria, andam tão cançados que parecem que saíram de uma guerra. Atribuo essa perda de identidade do aluno, dos pais e dos professores, às facilidades que temos hoje: Aluno tem livros logo no primeiro dia de aula, tem ônibus para ir deixá-los na porta da Escola e muitos reclamam por que "a parada do ônibus não é na porta da casa", tem merenda de ótima qualidade, cadernos e em alguns casos ganham até a farda, perderam o hábito de comprar cartolina, lápis grafith, coleções de cor, borracha, caneta, régua. É um absurdo. E por que estou falando isso? Quando falo de modismo, estou falando poe exemplo do Construtivismo que foi lançado para os professores de para-quedas e quase que esse modelo se transformava em uma baderna e quero que fique bem claro que, muitos estavam deixando correr frouxo por comodismo e nem pensavam no alunado e outros modelos muitas vezes, importados. A construção do saber se faz com disciplina, interesse e orientação, com concentração e esforço (pesquisas).
A falta de compromisso do professor respinga tão somente no aluno. Cabe a cada um de nós fazer uma reflexão e perguntar-se  "O que estou fazendo com o meu aluno? Se fosse ele o meu filho, que professor eu queria para ele? Eu um encontro que assistia a palestrante leu uma citação que guardei com muito cuidado e depois fiz um murais e o coloquei e dei uma aumentadinha nele: Se eu soubesse que a Escola Pública seria para os meus filhos ou para os filhos dos meus filhos eu teria ensinado melhor" Nós somos os espelhos que refletem o nosso aluno, a referencia.
Mas, e a falta de compromisso dos pais o que ocasionam nessas crianças jovens adolescentes? Eu mesma respondo, a perda da identidade como pessoa idônea.
Como pode um pai que tem um filho que não quer nada na escola, que manda professor tomar em vários lugares, não tem se quer a nota para chegar a recuperação (retido automaticamente), dizer que no final do ano vai uma Traxx para o filho?

Pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que regulamenta a Educação no Brasil, as escolas devem cumprir pelo menos 200 dias letivos anuais, distribuídos em dois semestres. Porém a cobrança por parte da Secretaria de Educação do Rio Grande do Norte é regulada pela LDB. Mais todas essas comodidades garantidas pelo  PNDE - Plano Nacional de Desenvolvimento Escolar, não são cumpridas pelos administradores. Exemplo: O ônibus este ano de 2012 pararam pelo menos  "quatro vezes" - Explicações que nós gestores escutamos por que graças a Deus temos ouvidos. Digo sempre que, éramos mais responsáveis pelos nossos estudos, quando o pai e a mãe ralavam para adquirir o sagrado material Escolar. Nunca rasguei um livro, nunca vendi o meu livro didático por R$ 10.00 (dez reais) para alunos de Escolas Particulares, muito menos deixei-o em qualquer lugar : Nunca mandei colegas riscarem minha farda com seu nomes e frases bobas, exceto quando conclui os estudos (8ª Série e 3º Ano do Ensino Médio); Nunca joguei o meu lanche nos colegas ou no lixo ( desde pequena aprendi com meus pais que o alimento é precioso, se não estou com fome, deixo pra quem a tem), até por que na minha época de escola Primária a merenda não era farta como nos dias atuais. Era necessário que os alunos levassem para a Escola verduras, condimentos e cheiro verde para fazer a sopa que o governo mandava chamada "Sopa de Bugou". Era um troço parecido com arroz, importado da França. Achávamos a sopa deliciosa.
Alguém há de dizer que o texto é contraditório, pois comparo o tínhamos e o que temos. Temos sim, o Governo Federal injetando dinheiro nas Escolas e o Governo Estadual e/ou Municipal de mãos amarradas, deixando de oferecer o que determina a Lei. Vou citar dois exemplos básicos: o PDDE é um recurso do Governo Federal destinado a comprar materiais de consumo e de uso durável para complementar as necessidades das Escolas e que os Governos Estaduais e Municipais fazem? deixam todas as compras para o Caixa Escolar comprar. De vez em quando umas panelas de alumínio, uma tábua de carne.... A maior indignação porém, é com relação aos ônibus do Governo Federal (os famosos amarelinhos) ficaram parados no pátio da Secretaria de Educação por todo o ano, enquanto que nossos alunos amargaram as greves dos motoristas, que coincidentemente ocorreram nos períodos de provas. E só agora, faltando pouco menos de um mês para findar-se o ano letivo, os amarelinhos começaram a circular e graças a Deus "muito bem". Mas, como eu sou uma pessoa otimista, apesar de não parecer "antes tarde do que nunca" Se tem incoerência nesse texto parte de quem cobra 200 dias letivos e não oferece as condições. Houvi de alguém de lá que disse: - Vocês podem pagar os dias que os ônibus ficaram parados, esticando o ano letivo. Mais tem graça mesmo. Estivemos na Escola, realizamos nosso trabalho. Somos conscientes da perda que o aluno teve, mais não é justo com quem teve compromisso. Tenho muito respeito aos alunos, mas, nem por isso por renegar os direitos dos professores. Por isso afirmo que  é uma leitura cheia de incoerências. E para contrariar mais um pouco digo "Faça o que digo e não faça o que eu faço" talvez depois de uma leitura bem lenta eu precise mudar alguma coisa.
Li e percebi que não falei do IDEB. 
Outro dia li em um Jornal local que o pior IDEB do Brasil está no Rio Grande do Norte. Notícias que só quer provar a incompetência do gestores escolares. Mas, que hipocrisia. A firmo que a culpabilidade é exclusivamente do Governo do Estado, através de seus representantes legais, através dos tempos. Já ocorreram muitos casos de um turno inteiro ser penalizado pela falta de um ou mais professores. Em 2010. A Escola Estadual "Henrique Castricano de Souza" não foi contemplado com o professor de Ciências e os alunos principalmente do 9º Ano amargaram o prejuízo, concorrendo com alunos que tiveram aulas de Ciências nesse mesmo período, uma vez que para fazer as provas do Colégio Agrícola de Jundiaí e IFRN é necessário conhecimentos básicos de Biologia, Física e Química, conteúdos aplicados no 8º e 9º Ano.
São tantas as polêmicas que estou até com as idéias torcidas.