Dia do Nordestino - 08 de Novembro

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O RN está de luto, morreu Zé Saldanha

O Rio Grande do Norte acordará mais pobre.



Morre o cordelista mais velho do RN
Publicação: 09/08/2011 17:05 Atualização: 09/08/2011 17:30
Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

 (Reprodução da Internet/Divulgação)
Morreu nesta terça-feira (09), Zé Saldanha, ícone do cordel no Rio Grande do Norte. O cordelista mais velho do estado morreu aos 93 anos, na Casa de Saúde São Lucas, na tarde desta terça. O poeta estava no hospital desde o dia 10 de julho, onde foi internado para fazer cirurgia de intestino e vesícula. Após a cirurgia, Zé Saldanha teve infecção hospitalar e não resistiu.

Confira matéria sobre José Saldanha publicada no Diário de Natal em 2010

A neta do cordelista, Andressa Saldanha ressaltou que a família quer deixar bem claro que o poeta está descansando, mas a poesia dele continua viva. O velório de Zé Saldanha acontece a partir do fim da tarde desta terça-feira no centro de velório do Morada da Paz, em Emaús. O poeta será sepultado às 11h desta quarta-feira. Amigos, familiares e admiradores do trabalho de Zé Saldanha levarão suas poesias e prestarão as homenagens.

José Saldanha de Menezes Sobrinho nasceu em 23 de fevereiro de 1918 na fazenda Piató, em Santana do Matos. Naquele início de século os tempos eram de coronelismo, beatos, rendeiras e cangaceiros. Nos sertões místicos do Nordeste, viveu entre cantadores e cordéis que retratavam não apenas a vida dura do sertanejo, mas também os horizontes de beleza e brabeza de homens do Sertão.

sábado, 6 de agosto de 2011

Convidei a cumade sebastiana

Jackson do Pandeiro

Sebastiana (coco, 1953) - Rosil Cavalcanti

Convidei a comadre Sebastiana
Pra dançar e xaxar na Paraíba.
(coro repete)
Ela veio com uma dança diferente
E pulava que só uma guariba.
(coro repete)
E gritava: a, e, i, o, u, ipsilone...
(coro repete)

Já cansada no meio da brincadeira
E dançando fora do compasso
Segurei Sebastiana pelo braço
E gritei: Não faça sujeira
O xaxado esquentou na gafieira
Sebastiana não deu mais fracasso.
Mas gritava: a, e, i, o, u, ipsilone...
(coro repete)



Estátua de Jackson do Pandeiro
em Campina Grande

Jackson do Pandeiro, nome artístico de José Gomes Filho (Alagoa Grande, 31 de agosto de 1919 – Brasília, 10 de julho de 1982), foi um cantor e compositor de forró e samba, assim como de seus diversos subgêneros, a citar: baião, xote, xaxado, coco, arrasta-pé, quadrilho, marcha, frevo, dentre outros. Também era chamado de O Rei do Ritmo

Biografia
Paraibano de Alagoa Grande, Jackson nasceu em 31 de agosto de 1919, com o nome de José Gomes Filho. Ele era filho de uma catadora de coco, Flora Mourão, que lhe deu o seu primeiro instrumento: o pandeiro.

Seu nome artístico nasceu de um apelido que ele mesmo se dava: Jack, inspirado em um mocinho de filmes de faroeste, Jack Perry. A transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio. Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser anunciado.

Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: "Forró em Limoeiro", rojão composto por Edgar Ferreira.

Foi na rádio pernambucana que ele conheceu Almira Castilho de Albuquerque, com quem se casou em 1956, vivendo com ela até 1967. Depois de doze anos de convivência, Jackson e Almira se separaram e ele se casou com a baiana Neuza Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer.

No Rio de Janeiro, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema", "Chiclete com Banana", "Um a Um" e "Xote de Copacabana". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.

O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele. Muitos o consideram o maior ritmista da história da Música Popular Brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, foi um dos principais responsáveis pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino. Sua discografia compreende mais de 30 álbuns lançados no formato LP. Desde sua primeira gravação, "Forró em Limoeiro", em 1953, até o último álbum, "Isso é que é Forró!", de 1981, foram 29 anos de carreira artística, tendo passado por inúmeras gravadoras.
Morte
Durante excursão empreendida pelo país, Jackson do Pandeiro que era diabético desde os anos 60, morreu aos 62 anos, no dia 10 de julho de 1982, na cidade de Brasília, em decorrência de complicações de embolia pulmonar e cerebral. Ele tinha participado de um show na cidade uma semana antes e no dia seguinte passou mal no aeroporto antes de embarcar para o Rio de Janeiro. Ele ficou internado na Casa de Saúde Santa Lúcia. Foi enterrado em 11 de julho de 1982 no Cemitério do Caju na cidade do Rio de Janeiro com a presença de músicos e compositores populares, sem a presença de nenhum medalhão da MPB.
Fonte: Wikipédia