ORGULHO DE SER NORDESTINO O nordeste hoje implora as águas da cachoeira a chuva corre por fora nem passa pela porteira. por causa dessa demora nordestino quando chora as lágrimas são de poeira. E quando a chuva aparece o ano começa bem tem gente que reza prece tem outras que diz amém a Deus o sertão agradece e eu agradeço também. Guibson Medeiros
Dia do Nordestino - 08 de Novembro
sábado, 21 de março de 2009
So'stô !!!
So'stô tu mangá d'eu
Um mulinga feio desse
Quer ser mió de que eu
Só pruquê foi pra cidade
Agora se engrandeceu
Sôis matuto cunem eu
Taives inté...
Maria da Paz
Ei, tais gostano do poema?
Pere um tiquim inté o livro sê pubricado
pra ver ele interim
Chau e xeru
Grandes caricaturistas
Belas caricaturasTim Maia - cantor e compositor
Hermeto Pascoal - cantor, compositor, músico brasileiro
Maguila - pugilista
Dunga - jogador de futebol
Cartola - cantor e compositor
Arlindo Cruz - músico sambista, cantor e compositor
Romário - jogador de futebol
Sorrir faz bem a saúde
E se a gente levasse a vida
com mais humor?
Talvez, a gente descobrisse
um jeito mais leve
de se relacionar com quem
está à nossa volta.
Reparando menos nas chatices
e mais nos pequenos prazeres.
Abrindo um pouco mais o sorriso
- Nem que seja para rir de si mesmo.
Espalhe seu humor por aí,
divida uma risada com alguém.
A felicidade consiste em nos contentarmos com o que temos.
Enfrentar a realidade e as diversidades. Nunca esperar que as coisas sejam fáceis,
pois a vida só boa por que temos que matar um leão por dia. A monotonia desbanca as nossas coragens, ativa a covardia e enfraquece nossa alma
Hermeto Pascoal - cantor, compositor, músico brasileiro
Maguila - pugilista
Dunga - jogador de futebol
Cartola - cantor e compositor
Arlindo Cruz - músico sambista, cantor e compositor
Romário - jogador de futebol
Sorrir faz bem a saúde
E se a gente levasse a vida
com mais humor?
Talvez, a gente descobrisse
um jeito mais leve
de se relacionar com quem
está à nossa volta.
Reparando menos nas chatices
e mais nos pequenos prazeres.
Abrindo um pouco mais o sorriso
- Nem que seja para rir de si mesmo.
Espalhe seu humor por aí,
divida uma risada com alguém.
A felicidade consiste em nos contentarmos com o que temos.
Enfrentar a realidade e as diversidades. Nunca esperar que as coisas sejam fáceis,
pois a vida só boa por que temos que matar um leão por dia. A monotonia desbanca as nossas coragens, ativa a covardia e enfraquece nossa alma
sábado, 7 de março de 2009
Época - Notícia - Salvem o jegue
Encontrei esta reportagem na revista Época Nº 223 de 26 de agosto de 2002. É um tema tão atual que resolví reavivar a importância do animal que ajudou e continua ajudando a acelerar o progresso do nosso país. Precisamos dar valor a quem trabalha, assim disse Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, em uma de suas canções.
Época - Notícia- Salvem o jegue:
Salvem o jegue
Substituído pelas motos, o jumento nordestino hoje vale menos que uma galinha e é recusado até pelos matadouros
TIAGO CORDEIRO, DE SALVADOR
Marcio Lima/ÉPOCA
GUERRA
Prefeitos do sertão enchem caminhões com jegues sem dono e os abandonam nas cidades vizinhas.
Durante séculos o jegue foi o animal de estimação oficial das famílias do sertão. Era o amigo, o companheiro de trabalho, o meio de transporte capaz de buscar água no riacho próximo e voltar sozinho. O patrimônio mais valioso que um pai podia deixar para o filho. Isso acabou. Hoje é possível comprar um jumento por R$ 1, enquanto uma galinha custa sete vezes mais. O jegue está tão fora de moda que seus donos agora o esquecem na beira de alguma estrada, onde acaba causando acidentes. O desprezo pelo jumento é resultado da urbanização das cidades do interior do Nordeste. Por mais pobre que seja a família, hoje se pode comprar uma moto com apenas R$ 60 mensais. Carros aposentados nas capitais, como Caravans, Brasílias e Chevettes, são negociados por R$ 400. Os veículos, por piores que sejam, são mais rápidos, agüentam mais peso e não empacam. 'Os jegues estão marchando na contramão da História', diz Geraldo de Macedo, secretário de Agricultura de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, que destacou um grupo de funcionários para recolher os jegues sem dono que vagam pela cidade. Na caatinga, o que era uma grande vantagem virou problema. 'O jumento sobrevive nas situações mais difíceis".As pessoas se desfazem dele, mas ele fica vadiando pela cidade e invade as lavouras.' Os bichos capturados são levados para o interior da Paraíba, onde são vendidos a preço de banana. Outras prefeituras são menos politicamente corretas – na calada da noite enchem carretas com jegues para abandoná-los na cidade vizinha, que fará o mesmo no dia seguinte. A prefeitura de Guamaré, no Rio Grande do Norte, foi mais radical: proibiu a entrada de jumentos. Nas entradas da cidade, pôs guaritas com PMs para bloquear os quadrúpedes invasores. Nas capitais, os burros praticamente desapareceram. Em Salvador, só existem na periferia, geralmente usados por pequenas lojas de material de construção. 'O pessoal compra areia ou cimento para melhorar a casa e a gente faz a entrega com ele', explica Demetrius de Brito, dono da loja O Casarão da Construção e do jegue Algodão Doce.
Não é a primeira vez que o bicho está ameaçado. Na década de 60, sua carne passou a ser exportada para a França e o Japão, onde é bastante apreciada, e o número de animais caiu pela metade em sete anos. "Tivemos de fazer uma campanha de conscientização para evitar que eles acabassem', reclama Fernando Viana Nobre, presidente da Associação Brasileira de Criadores do Jumento Nordestino. Mas a atual crise é pior, explica outro defensor do animal, o padre cearense Antonio Batista Vieira, de 83 anos, autor do livro O Jumento, Nosso Irmão, que inspirou até música de Luiz Gonzaga. 'Antes as pessoas encontravam um jegue solto na rua e já queriam vender para o matadouro. Agora, eles ficam aí, abandonados. É muito triste.' Ele explica que os bichos já não servem nem para a exportação, porque o mercado globalizado agora compra jegues africanos, ainda mais baratos que os brasileiros.
Para defender o bicho, o padre Vieira coordena, há 30 anos, o Clube Mundial dos Jumentos, que já recebeu apoio até da atriz e ecologista francesa Brigitte Bardot. 'A situação é triste porque tudo o que existe neste Nordeste foi feito no lombo do jumento', ecoa Viana. O poeta popular Patativa do Assaré homenageou o companheiro eqüídeo no poema 'Meu Caro Jumento'. Em Santana do Ipanema, em Alagoas, a estátua de um jumento na entrada da cidade homenageia o bicho que buscou água no poço local antes da chegada das bombas d'água. E Panelas, em Pernambuco, faz um festival que inclui corrida de jegues e uma cerimônia na qual o animal vencedor é coroado Rei da Cidade."
Em 1967, havia 2,7 milhões de jumentos no Nordeste. Hoje, existe apenas 1,2 milhão No sertão, o preço de uma galinha poedeira é de R$ 7, enquanto um burro pode ser comprado por apenas R$ 1
TRANSPORTE POPULAR
Candidatos faziam questão de posar com jumentos, como Lula e Brizola (à esq.) em 1998
Para o antropólogo baiano Roberto Albergaria, o motivo para o abandono do jegue é mais simbólico que econômico. 'O fim do jumento é o fim do mundo agrário tradicional, com seu ritmo lento. Agora é o ritmo da moto, da cidade.' Prova disso é que acabou o tempo em que presidenciáveis como Luiz Inácio Lula da Silva se deixavam fotografar em cima de jumentos – o então candidato Fernando Henrique Cardoso chegou a criar polêmica em 1994, ao dizer que não havia montado num jegue, e sim num cavalo. Ao menos por enquanto, nenhum candidato encarou um lombo de burro."
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