Literatura de Cordel
É poesia popular,
É história contada em versos
Em estrofes a rimar,
Escrita em papel comum
Feita pra ler ou cantar.
A capa é em xilogravura,
Trabalho de artesão,
Que esculpe em madeira
Um desenho com ponção
Preparando a matriz
Pra fazer reprodução.
Mas pode ser um desenho,
Uma foto, uma pintura,
Cujo título, bem à mostra,
Resume a escritura.
É uma bela tradição,
Que exprime nossa cultura.
7 sílabas poéticas,
Cada verso deve ter
Pra ficar certo, bonito
E a métrica obedecer,
Pra evitar o pé quebrado
E a tradição manter.
Os folhetos de cordel,
Nas feiras eram vendidos,
Pendurados num cordão
Falando do acontecido,
De amor, luta e mistério,
De fé e do desassistido.
A minha literatura
De cordel é reflexão
Sobre a questão social
E orienta o cidadão
A valorizar a cultura
E também a educação.
Mas trata de outros temas:
Da luta do bem contra o mal,
Da crença do nosso povo,
Do hilário, coisa e tal
E você acha nas bancas
Por apenas um real.
O cordel é uma expressão
Da autêntica poesia
Do povo da minha terra
Que luta pra que um dia
Acabem a fome e miséria,
Haja paz e harmonia.
Francisco Diniz
ORGULHO DE SER NORDESTINO O nordeste hoje implora as águas da cachoeira a chuva corre por fora nem passa pela porteira. por causa dessa demora nordestino quando chora as lágrimas são de poeira. E quando a chuva aparece o ano começa bem tem gente que reza prece tem outras que diz amém a Deus o sertão agradece e eu agradeço também. Guibson Medeiros
Dia do Nordestino - 08 de Novembro
quinta-feira, 31 de julho de 2008
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Esquadros - Adriana Calcanhoto
Janela de Cactus
Eu ando pelo mundo prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome
Cores de almodovar
Cores de Frida Kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muito atenção no que meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa,
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome dos meninos que têm fome
Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela, quem é ela?
Eu vejo tudo em quadrado
Remoto controle...
Adriana Calcanhoto
Cordel - Vou-me embora pro passado - Jessier Quirino
...No passado tem Gerônimo
Aquele Herói lá do Sertão
Tem Coronel Ludugero
Com o Otrope em discussão
Tem passeio de Lambreta
De Vespa, de Berlineta
Marinete e Lotação
Quando toca Pata Pata
Cantam a versão musical
"Tá com a pulga na cueca"
E dançam a música sapeca
Ô Papa Hum Mau Mau
Tem a turma prafrentex
Cantando Banho de Lua
Tem bundeira e piniqueira
Dando sopa pela rua
Vou-me embora pro passado...
Aquele Herói lá do Sertão
Tem Coronel Ludugero
Com o Otrope em discussão
Tem passeio de Lambreta
De Vespa, de Berlineta
Marinete e Lotação
Quando toca Pata Pata
Cantam a versão musical
"Tá com a pulga na cueca"
E dançam a música sapeca
Ô Papa Hum Mau Mau
Tem a turma prafrentex
Cantando Banho de Lua
Tem bundeira e piniqueira
Dando sopa pela rua
Vou-me embora pro passado...
Mãe natureza - poema de um verso só - Da Paz
Que os filhos da Terra se unam em defesa da mãe natureza
Se o homem quizer mudar
Para o planeta salvar
Deve reaproveitar, reduzir e reciclar
E outro história contar
Se o homem quizer mudar
Para o planeta salvar
Deve reaproveitar, reduzir e reciclar
E outro história contar
Rua Deodoro da Fonseca, 17 - Autoria: Da Paz
Rua Deodoro da Fonseca, l7
Em algumas cidades interioranas, você chega e pergunta, por exemplo:
- Você sabe onde mora Zezinho?
E o camarada te responde com outra pergunta:
- Que Zezinho?
Você complementa:
- Zezinho de Naneta
E o sujeito retruca:
-Naneta de Seu Antônio?
Você já meio invocado diz:
-É.
E ele mais uma vez surpreende:
-Ah É Zezinho de Naneta de Seu Antônio de Dona Zefa?
Conheço. Mas é claro que conheço. Você é o que dele?
E você com toda a paciência responde secamente;
-Prima.
Mas, o cara tem papo.
-Filha de quem?
Seu saco já está quase cheio, mas, tudo bem.
-De Vitória.
Tá pensando que ele não tem mais perguntas?
-Deixe ver. Sua mãe!... Vitória Duda de Antônio de Ciço Cassiano, é? Mas rapaz...
Em algumas cidades interioranas, você chega e pergunta, por exemplo:
- Você sabe onde mora Zezinho?
E o camarada te responde com outra pergunta:
- Que Zezinho?
Você complementa:
- Zezinho de Naneta
E o sujeito retruca:
-Naneta de Seu Antônio?
Você já meio invocado diz:
-É.
E ele mais uma vez surpreende:
-Ah É Zezinho de Naneta de Seu Antônio de Dona Zefa?
Conheço. Mas é claro que conheço. Você é o que dele?
E você com toda a paciência responde secamente;
-Prima.
Mas, o cara tem papo.
-Filha de quem?
Seu saco já está quase cheio, mas, tudo bem.
-De Vitória.
Tá pensando que ele não tem mais perguntas?
-Deixe ver. Sua mãe!... Vitória Duda de Antônio de Ciço Cassiano, é? Mas rapaz...
Cotidiano de um sertanejo - poema - Da Paz
Cotidiano de um sertanejo
Deitado numa rede
Chamei Zefinha
Traz água pra matar minha cede
Mas, o relicho do burro
E a vaquinha a chocalhar
Me fizeram lembrar
Tenho que trabalhar
Um roçado a me esperar
Alvinho de algodão
A flor branca do sertão
A natureza em perfeita harmônia
Olho meu sítio com alegria
Até o maracá de uma cobra coral
Me soa como o som de um madrigal
A noitinha já banhado
Num banquinho encostado
Uma boa cachacinha
Com carne asada e farinha
O meu radinho de pilha
Entoa canções, cantigas, modinhas
E Zefinha do meu lado
Pra me deixar sossegado
Maria da Paz 17/08/2007
terça-feira, 22 de julho de 2008
O significado da palavra CULTURA, segundo Aurélio
Ser culto. O que é?
Ler bastante? escrever corretamente? conhecer pessoas?
frequentar locais sofisticados?
A cultura é conceituada por Aurélio Buarque como: Conjunto dos conhecimentos adquiridos em determinado campo. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas, intelectuais, etc, transmitidos coletivamente, e típicos de uma sociedade.
Ler bastante? escrever corretamente? conhecer pessoas?
frequentar locais sofisticados?
A cultura é conceituada por Aurélio Buarque como: Conjunto dos conhecimentos adquiridos em determinado campo. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas, intelectuais, etc, transmitidos coletivamente, e típicos de uma sociedade.
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