
Quando chove no Sertão
É tempo de aligria
Mais, tombém de agunia
O teiado lá de casa
Pinga igual uma peneira
Assanoite chuveu tanto
Coitadinha da muié
Num dormiu uma madorna
Pelas brechas da cumieira
Ficou oiando pru ceú
Eu tombém perdí o sono
Com a tosse dos mininos
E o ribuliço das galinha
Pobre é bicho desvalido
Numa hora tá contente
Cum a chuva que chegou
Na merma hora tá triste
Cum o pinga pinga medonho
Balde, panela, bacia
Cuia, gamela e toné
É aquele sofrimento
Inté condi Deus quizer
Maria da Paz
Macaíba(RN), 29/08/2008
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