Dia do Nordestino - 08 de Novembro

domingo, 29 de março de 2015

O Mundo é um moinho - Cartola


Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

segunda-feira, 9 de março de 2015

A morte de Enezita Barroso

No Dia Internacional da Mulher (08/03/2015, pp), o Brasil perdeu uma mulher que durante 35 anos apresentou o Programa de Televisão "Viola minha viola"  Ignez Magdalena Aranha de Lima Barroso ou Enezita Barroso. Cantora, atriz, bibliotecária de Formação , folclorista, apresentadora de rádio, Professora, Doutora honoris causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa, atuou em cinema, teatro e produzindo espetáculos musicais de renome nacional e internacional. Adotou o sobrenome Barroso ao se casar, aos 22 anos, com o advogado cearense Adolfo Cabral Barroso.
Ela partiu e o Brasil ficou mais pobre de cultura de raiz. Fidedigna representante da Cultura Sertaneja, morreu aos 90 anos de idade saiu da vida mais vai continuar na história.





sábado, 7 de março de 2015

Arreceba esses versos nas caixa dos peito


Cesar do Lau
O retrato que tenho do sertão
É um casal de rolinhas na mangueira,
O chiado da cancela ou da porteira
E o estalo de lenha no fogão.
No chiqueiro o roncado do barrão
E uma égua pastando na chapada.
O vaqueiro levantar de madrugada
Pra honrar e cumprir sua profecia
E depois nos braços de Maria
Se entregar aos cafunés de sua amada.


 Rogério Menezes

Quando a mulher é jogada
Na mais detestável lama,
Recebendo humilhações
Da pessoa que mais ama,
A Terra bebe chorando
As lágrimas que ela derrama....

João Paraibano
Toda a noite quando deito
Um pesadelo me abraça
Meu cabelo que era preto
Está da cor de fumaça
Ficou branco após os trinta
Eu não quis gastar com tinta
O tempo pintou de graça

Onildo Barbosa
Quando o dia vai embora
A tarde é quem sente a queixa
O portão da noite abre
A porta do dia fecha
A boca da noite engole
Os restos que o dia deixa.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Amanheceu, peguei a Viola e fui viajar

Amanheceu, Peguei a Viola - Renato Teixeira
Em Cuité PB
Cacheira do Pingo - Portalegre RN                         Em Natal RN                                                         
 
Em Nísia Floresta RN

Em Picuí PB


 Em Jacanã RN

 Em Pureza RN
Em Ceará Mirim RN


Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar
Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar


Sou cantador e tudo nesse mundo
Vale pra que eu cante e possa praticar
A minha arte sapateia as cordas
E esse povo gosta de me ouvir cantar


Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar
Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar


Ao meio dia eu tava em Mato Grosso
Do Sul ou do Norte, não sei explicar
Só sei dizer que foi de tardezinha
Eu já tava cantando em Belém do Pará


Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar
Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar


Em Porto Alegre um tal de coronel
Pediu que eu musicasse uns versos que ele fez
Para uma china, que pela poesia
Nem lá em Pequim se vê tanta altivez


Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar
Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar


Parei em Minas pra trocar as cordas
E segui direto para o Ceará
E no caminho fui pensando, é lindo
Essa grande aventura de poder cantar


Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar
Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar


Chegou a noite e me pegou cantando
Num bailão lá no norte do Paraná
Daí pra frente ninguém mais se espanta
E o resto da noitada eu não posso contar


Anoiteceu e eu voltei pra casa
O dia foi longo e o sol foi descansar


Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar
Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar

Composição: Renato Teixeira ·