Dia do Nordestino - 08 de Novembro

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Tarde em Itapuã - Vinícius de Morais e Toquinho e a sombra de um jatobá


Vinícius um dia trocou as tardes de Itapoã pela sombra de um Jatobá


Feliz é o homem que pode escolher entre 
uma Tarde em Itapuã  
ou em qualquer lugar a sombra de um jatobá

Tarde em Itapuã
Vinícius de Morais e Toquinho

Um velho calção de banho
O dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho
E um arco-íris no ar
Depois na praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de coco
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha
E com o olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo
A terra toda a rodar
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã
Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio
Que brota dos coqueirais
E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
Da lua de Itapuã
É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã









A Sombra de um Jatobá - Toquinho

Raios de sol na varanda
verde cobrindo o jardim
poder sentir a vida espreguiçar
 com o cheiro da madrugada
 dama-da-noite,
jas - mim olhar no céu
es - trelas pra contar
Ter meus ami - gos comigo
 quem amo me amando, sim longe do
a - mor de quem nos finge amar
 Ver na manhã de um domingo,
meu filho sorrir pra mim depois
dor - mir à sombra de um jatobá
Poucas coisas valem a pe - na
o impor - tante é ter prazer
Longe de mim a in - veja
 e a maldade escondidas na vida
Hoje estamos nós em ce - na
e não há tempo a perder
pois tudo acaba mesmo sem - pre
em despedida Ter meus ami - gos
comigo quem amo me amando, sim
longe do a - mor de quem não sabe amar
 ver na manhã de um domingo
meu filho sorrir pra mim
depois dor - mir à sombra de um jatobá
 poucas coisas valem a pe - na
o impor - tante é ter prazer
longe de mim a in - veja e a maldade escon - didas
na vida hoje estamos nós em ce - na
e não há tempo a perder
 pois tudo acaba mesmo sem - pre em despe - dida

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Na novela da Globo - Maria da Paz

O que nos prometeu a novela  Cordel Encantado, a Cultura do Nordeste sendo divulgada e realmente foi. Não só do Nordeste, mas, da Literatura como um todo. Entre tantos personagens, lendas e contos, es que surge a figura de Jesuíno Brilhante, um autêntico norteriograndense, nada mais nada menos que o protagonista da Novela.
Foram muitas a críticas com relação a novela, mas, particularmente eu gostei muito. E acho que os que não gostaram estavam longe da literatura, das obras primas como, Rapunzel, claro que aquela da novela não tinha os cabelos, mas, ficou presa na Torre. Por isso resolvi escrever a pesquisar algo sobre Jesuíno Brilhante. Maria da Paz

Jesuíno Brilhante, nasceu no ano de 1844, no Sítio Tiuiuú, na cidade de Patu-RN. De acordo com o historiador Raimundo Nonato ele se comportava de uma forma bem diferente dos outros cangaceiros que rondavam pelo Nordeste brasileiro. Homem gentil e romântico, era idolatrado pela população pobre e injustiçada, tornando-se o maior ícone do cangaço Potiguar.
Em 1871, envolvido em conflito familiar, entrou para o cangaço após matar Honorato Limão, tornando-se um defensor da honra.
Jesuíno era admirado e temido por suas habilidades com armas de fogo. Possuía uma pontaria imbatível, além de ser temido na luta homem a homem, bem como, dominava com maestria suas facas.
.
No dia 30 de agosto de 1876 foi registrada uma de suas ações mais ousadas, quando Jesuíno Brilhante resistiu ao avanço dos policiais do Destacamento de Imperatriz (hoje Martins-RN). Após um embate com a polícia local, onde ocorreu uma intensa troca de tiros, Jesuíno, rompeu o cerco policial e conseguiu fugir.
Do combate entre polícia e cangaceiros (dez no total), restaram vários policiais feridos, como os soldados Manuel João de Oliveira, Joaquim Félix da Silva e José Nicácio da Silva. Também saíram feridos o 1º Suplente do Juiz Municipal, o Sr. Cosme Justiniano de Souza Lemos e ainda o Alferes Honorário do Exército, João Ferreira da Silva, que atuava na cidade como comandante e delegado de polícia.
Com informações dos livros: Cronologia da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, do Coronel PMRN Angelo Mário de Azevedo Dantas e Jesuíno Brilhante, o cangaceiro romântico, de Raimundo Nonato

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Vamos Prosear? Comunidade "Ademar Macedo"


QUERO QUE O DIABO CARREGUE
QUEM INVENTOU RAPARIGA!
Achei esse mote perdido do meu amigo
 Luiz Xavier-Dedé-Poeta do Açu!

Eu era um homi casado,
ajudante do vigário,
o meu lar era um sacrário,
meu emprego era aprumado,
mas fiquei todo enrrolado,
só vivo metido em briga,
uma mulé da bixiga,
me transformou em um jegue!
Quero que o diabo carregue,
quem inventou rapariga!
0

Uma quenga em Mossoró
Quase me tirou da linha,
Acabou tudo que eu tinha
Me deixou falando só.
Não sei se foi catimbó
Ou se foi praga de intriga,
Hoje vivo na fadiga
Minha irmã me dando esbregue.
Quero que o diabo carregue
Quem inventou rapariga!
0

Legal, muito boas, Anjo e Eduardo...

Eu quase perco o juízo
quando arranjei uma puta,
pois a dita má-conduta
me deixou doente e liso.
Mas hoje, se for preciso,
Prefiro uma dor de barriga,
rogo praga e faço figa,
se eu quiser mais, eu cegue!
Quero que o diabo carregue
quem inventou rapariga.
0

No cabaré de Pesqueira,
Namorei com um veado.
Depois de um conselho dado,
Carregou minha carteira.
Por que uma fuxiqueira
Fez entre nós uma briga.
Eu quero é que o povo diga
Que ela de mim arrenegue,
Quero que o diabo carregue
Quem inventou rapariga. 

Da Paz Picuí.  - segundos atrás
Na hora do casamento
como manda o figurinho
O padre foi perguntando
Alguém faz  impedimento?
Entra uma puta e o menino
Disse Padre, vá parando
Ele é pai do Armandinho
E foi logo barracando
Gritei Armando, nojento
Você é safado, não negue
Como me apronta essa intriga?
Eu quero que o Diabo carregue
Quem inventou rapariga.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Deífilo Gurgel

E lá se foi o Professor Deífilo Gurgel
fazer poesias no céu
Aqui já tinha feito sua parte
Colaborou com a cultura
Com o conhecimento do povo
Através de pesquisas.
Ouvi ainda hoje que pessoas boas não morrem
Elas apenas se encantam.
É folclorico, cordelistico e poetico
E por que não dizer biblico.
Saimos do pó e ao pó retornaremos.