Dia do Nordestino - 08 de Novembro

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Nem sempre somos o que queremos ser






Nem sempre somos o que queremos ser
ou temos o que queremos ter


Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos
As vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração
A vida imita um vídeo
Garotos inventam
Um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez....
Somos quem podemos ser....
Sonhos que podemos ter....
(Engenheiros do Hawaii)

A embira – Maria da Paz



A embira – Maria da Paz
Agosto de 2010


Eu sou filho da embira de amarrar saco
Sou prima da corda, que por sinal é filha de Seu Agave
Já amarrei muitas bocas, já viajei pra cidade
Servi de cinturão nas calças do meu patrão
Já fui usada para amarrar burro brabo
Já fui cadeado de porteira
Fui parar no pescoço de Jovita
A cadela de estimação do menino João
Sou vegetal forte brotada do chão
Não tenho muito pretensão
Posso até virar peça de arte
Mas, meu desejo mesmo é me acabar no sertão
Ser enterrado num monturo
Bem perto da latadinha onde se sente
O cheiro do café sendo torrado
Onde as meninas de tarde sentam-se lá no batente
Falando dos namorados
Esperando pelo pai que vai chegar do roçado
Meu nome é Ouro branco, a fibra do Sisal
Nascida lá no sertão

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Escolta de vagalumes - Luiz Carlos Garcia / Zezety

ESCOLTA DE VAGALUMES






Luiz Carlos Garcia / Zezety
Voltando pra minha terra eu renasci.
Nos anos que fiquei distante acho que morri.
Morri de saudade dos pais irmãos e companheiros.
Ao cair da tarde no velho terreiro,
Agente cantava as mais lindas canções.

Viola afinada e na voz dueto perfeito.
Longe eu não cantava doía meu peito.
Na cidade grande só tive ilusões.

Mas voltei, mas voltei, eu voltei.
E ao passar na porteira a mata, o perfume.
Eu fui escoltado pelos vagalumes,
pois era uma linda noite de luar.

Mas chorei, mas chorei, eu chorei.
Ao ver meus pais, meus irmãos vindo ao meu encontro.
A felicidade misturou meu pranto.
Com o orvalho da noite deste meu lugar.

Ganhei dinheiro lá fora mas foi tudo em vão.
A natureza é meu mundo, eu sou o sertão.
Correr pelos campos floridos feito um menino.
Esquecer as mágoas e os desatinos.
Que a vida lá fora me proporcionou.

Ouvir sabiá cantando e a juriti
E a felicidade de um bem-ti-vi
Que parece dizer meu amigo voltou
Mas voltei, mas voltei, eu voltei
E ao passar na porteira a mata o perfume
Eu fui escoltado pelos vagalumes
Pois era uma linda noite de luar

Mas chorei, mas chorei, eu chorei
Ao ver meus pais meus irmãos vindo ao meu encontro
A felicidade misturou meu pranto
Com o orvalho da noite deste meu lugar

Belissima na voz de Sergio Reis

Discurso de cabra macho

Num  sei se tu mintende
O que eu quero lhe dizer
Das bandas  dadonde venho
Sinoimo de vida é sofrer
Tem dias que muita gente
Não tem nada pra comer

Nascido no mei da roça
puxando cobra prus pés
no dia que tô danada
É aquele revestréz
Murro em ponta de faca
Eu num valo um derrez

Mas também tenho bondade
Sô omi trabaidor
Num vivo de vaidade
Só dou nas taba dos queixo
De quem me farta a verdade
In nesse eu dou de feixo.

Sou crente no Meu sinhô
Rezo pra vige Maria
No dia qui tô contente
Saio puraí dando boidia
Jogano cunversa fora
e mostrando meu repente.

N...


...
Em construção